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Israel e Hezbollah trocam fogo na fronteira do Líbano

ONU prorroga missão de capacetes azuis na região e alerta que hostilidades violam acordo de cessar-fogo de 2006

Por Da Redação
2 set 2019, 13h58

O grupo libanês xiita Hezbollah disparou mísseis contra um posto de fronteira israelense no domingo 1º para revidar os recentes ataques de Israel contra suas instalações em Beirute na última semana. Como resposta, o Exército israelense disparou cerca de 100 projéteis de morteiro contra o Líbano.

Segundo o Exército israelense, uma patrulha de combatentes do Hezbollah disparou na tarde de domingo cerca de três mísseis antitanque contra um posto militar na cidade de Avivim, destruindo um veículo militar.

O ataque não teria deixado “nenhum ferido, nem mesmo com aranhões”, segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Entretanto, o Hezbollah afirmou através da emissora de televisão Al Manar que há “mortos e feridos” em Avivim.

As tensões vêm escalando há uma semana na região. Na segunda-feira 26, o Exército israelense realizou uma operação militar no Líbano contra um grupo armado palestino aliado ao Hezbollah e contra a capital, Beirute, onde o drone colidiu nos subúrbios da cidade.

O Hezbollah prometeu uma resposta ao “ato de agressão” enquanto o presidente libanês, Michel Aoun, chamou o ataque de “ato de guerra”. Desde a segunda-feira passada, o líder do movimento xiita, Sayyed Hassan Nasrallah, tinha avisado Israel da retaliação que estava por vir.

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“Digo ao Exército israelense na fronteira que, a partir desta noite, fique de guarda. Esperem por nós um, dois, três, quatro dias”, disse.

Nasrallah disse que Israel deveria “pagar um preço”, que a retaliação entra “na lógica de proteção do país” e que a data para o ataque já estava determinada. Netanyahu recomendou que o Hezbollah tenha “cuidado” e que Israel está pronto para qualquer cenário de conflito com o grupo islâmico.

Em meio à tensão na fronteira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas resolveu prorrogar a missão dos cerca de 10.000 capacetes azuis lotados no Líbano (Finul) e alertou sobre o ressurgimento de um conflito entre os dois países. Um projeto de resolução redigido pela França foi adotado por unanimidade.

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“As violações ao fim das hostilidades podem levar a um novo conflito com o qual nenhuma parte da região pode arcar”, diz o texto da resolução, que “condena todas as violações da Linha Azul”, que separa o Líbano e Israel “por via aérea e terrestre”.

As escaramuças entre Israel e Hezbollah neste fim de semana foram consideradas “uma séria violação” da Resolução 1.701 das Nações Unidas — o acordo de cessar-fogo que pôs fim a guerra Israel-Líbano de 2006 — e a ONU pediu comprometimento dos dois atores na manutenção da paz.

(Com AFP)

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