Israel tornou-se o primeiro país a testar o poder de fogo dos F-35, os caças “invisíveis”, em operações de combate no Oriente Médio, anunciou o comandante da Força Aérea israelense nesta terça-feira (22). Um dos alvos teria sido instalação miliar do Irã na Síria, bombardeada neste mês.
Chamados no país de “Adir” (fortes, em hebraico) os F-35 “estão operacionais e já participam das missões de combate”, segundo o general Amikam Norkin.
“Nós realizamos o primeiro ataque no mundo com um F-35”, acrescentou. “Nós atacamos duas vezes no Oriente Médio usando o F-35”, ressaltou, de acordo com declarações citadas no portal na internet da Força Aérea de Israel, que não forneceu mais detalhes.
Conhecido por ter o Exército mais poderoso da região, Israel recebeu no final de 2016 os primeiros F-35, fabricados pela americana Lockheed Martin, de uma encomenda de 50 aeronaves desse tipo. O objetivo da compra é manter sua superioridade militar na região.
Nos últimos anos, Israel informou ter atingido dezenas de alvos na vizinha Síria: posições do Exército do regime de Bashar al-Assad, comboios de armas destinadas ao Hezbollah libanês.
Em princípio, os ataques de 10 de maio a alvos militares iranianos na Síria teriam sido realizados pelos F-35 que, segundo o governo israelense, estão operacionais desde dezembro. A informação, entretanto, não foi confirmada.
Esse ataque teria sido uma retaliação ao disparo de 32 foguetes por forças iranianas contra posições israelenses nas Colinas de Golã. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), vinte e sete combatentes do regime sírio foram mortos, incluindo pelo menos 11 iranianos.
Essa operação provocou preocupação internacional sobre um potencial confronto aberto entre Israel e Irã.