As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram um ataque aéreo “direcionado” e “preciso” a Beirute, capital do Líbano. Um dos mísseis atingiu um centro de saúde da milícia xiita, situado próximo ao centro de Beirute, e deixou ao menos seis mortos, segundo o Ministério da Saúde libanês. Os foguetes estariam partindo de navios de guerra de Israel no Mar Mediterrâneo, de acordo com informações da imprensa israelense.
As tropas israelenses também realizaram nesta quarta uma operação em Damasco, na Síria, onde atingiram o apartamento em que estava o genro de Hassan Nasrallah, líder da milícia libanesa Hezbollah, morto no último sábado, 28. Hassan Ja’far al-Qasir e uma pessoa, ainda não identificada, morreram na hora, disse o Hezbollah à agência de notícias AFP.
Mais cedo, o Ministério da Saúde libanês havia informado que ao menos 46 pessoas morreram e 85 ficaram feridas nos ataques de Tel Aviv ao país nas últimas 24 horas, em meio ao agravamento das tensões no Oriente Médio.
As IDF também alegaram terem destruído “mais de 150 infraestruturas terroristas”. Entre elas, “quartéis-generais do Hezbollah, instalações de armazenamento de armas e lançadores de foguetes”.
Os ataques ocorrem um dia após o Irã lançar ao menos 180 mísseis contra o território israelense como forma de retaliação às mortes de lideranças do Hezbollah, que é financiado por Teerã, e do grupo palestino radical Hamas, relatadas nas últimas semanas.
Israel lançou os ataques aéreos mais intensos contra o Líbano desde a guerra de 2006. Foi o estopim de meses de trocas de disparos, desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, quando a milícia libanesa iniciou ataques em solidariedade ao povo palestino.
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Novas ameaças
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou na terça-feira 1º que o Irã “cometeu um grande erro e pagará por isso”, em referência ao ataque com mísseis.
Durante encontro de gabinete, Netanyahu afirmou que o rival “não entende” a determinação de seu país em retaliar contra inimigos.
“Eles irão entender”, disse. “Nós seguimos a regra: quem nos atacar será atacado.”
Teerã também havia rejeitado apelos de uma série de países ocidentais, em agosto, ao reiterar que não se absteria de atacar Israel como resposta ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em território iraniano, um mês antes.
O recém-empossado presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que a retaliação era “direito legal” de seu país, além de uma “maneira de impedir crimes”.