Israel mira alvos militares e Irã promete resposta proporcional
EUA foram notificados com antecedência, diz autoridade israelense
Israel conduziu ataques aéreos contra instalações militares no Irã na madrugada de sábado, 26, estabelecendo uma resposta às recentes agressões com mísseis do Irã. A operação, descrita pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) como uma retaliação necessária aos avanços iranianos e de seus aliados, teve como alvo específico instalações de produção de mísseis e sistemas de mísseis terra-ar. Os ataques tiveram como estratégia evitar infraestrutura crítica, como petróleo e instalações nucleares, aderindo aos pedidos dos Estados Unidos por contenção para evitar uma nova escalada na região já bastante castigadas pelas guerras.
O Irã relatou que suas defesas aéreas interceptaram muitos dos ataques recebidos, alegando que “danos limitados” ocorreram em várias instalações militares nas províncias de Teerã, Ilam e Khuzestan. No entanto, o alto comando militar admitiu que dois soldados iranianos foram mortos durante os ataques. As autoridades locais prometeram uma “reação proporcional”, mas também enfatizaram seu comprometimento com a paz e a segurança regionais, sugerindo uma resposta mais comedida do que em episódios anteriores.
O pano de fundo desses eventos inclui tensões elevadas após uma barragem de aproximadamente 200 mísseis balísticos lançados pelo Irã em direção a Israel no dia 1º de outubro, o que resultou em uma vítima na Cisjordânia. O conflito em andamento foi exacerbado pelas operações militares de Israel contra grupos apoiados pelo Irã em Gaza e no Líbano, aumentando os temores de uma guerra regional mais ampla.
A reação Internacional
No cenário internacional, líderes de diversos países já se pronunciaram sobre o novo desenrolar do conflito. Enquanto os EUA continuam a incentivar ambas as nações para diminuir as tensões, eles permanecem vigilantes em seu apoio a Israel, ao mesmo tempo em que enfatizam que quaisquer ações militares devem evitar áreas civis e infraestrutura crítica.
Na mesma linha, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, pediu ao Irã que não respondesse ao ataque, e disse que o Oriente Médio precisa “evitar uma escalada regional maior.” O chanceler alemão Olaf Scholz também atestou que o conflito “deve acabar agora”, enquanto o governo talibã do Afeganistão condenou os ataques de Israel, dizendo que eles vão agravar a violência no Oriente Médio.
Em Guerra contra a Ucrânia, a Rússia também pediu que Israel e Irã demonstrem contenção para evitar uma catástrofe na região. “Pedimos a todas as partes envolvidas que exerçam contenção, parem a violência e evitem que os eventos se transformem em um cenário catastrófico”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertando sobre uma “escalada explosiva” do conflito.
Enquanto os ataques de Israel foram direcionados a alvos militares como uma resposta direta à agressão iraniana, a situação continua precária com potencial para mais conflitos. Tudo vai depender das próximas ações do Irã.