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Itália proíbe uso de gênero neutro em escolas públicas

Governo argumenta que uso de símbolos para substituir 'o' e 'a' no fim de palavras desrespeita as regras da gramática e tira a clareza da mensagem

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 mar 2025, 17h44

O Ministério da Educação da Itália determinou, nesta sexta-feira, 21, que escolas públicas proíbam o uso de gênero neutro, em especial símbolos que são colocados no final de palavras para indicar neutralidade, como o asterisco (*) e a vogal xevá (ə).

A pasta alegou que essas formas alternativas de escrita são incompatíveis com as normas gramaticais do idioma italiano. Em nota, o ministério argumentou ainda que os sinais gráficos comprometem a uniformidade da comunicação institucional e prejudicam a clareza das mensagens.

A decisão promete acirrar o embate entre o governo de extrema direita da primeira-ministra Giorgia Meloni, que se posiciona como defensora dos valores tradicionais, e grupos que lutam pelos direitos LGBTQIA+ e pela igualdade de gênero.

A questão do gênero na linguagem já havia gerado polêmica no país desde que Meloni, herdeira do movimento neofascista italiano, chegou ao poder em 2022. Na ocasião, ela exigiu que seu título oficial fosse precedido pelo artigo masculino “il” (“o presidente do conselho”) em vez do feminino “la” (“a presidente do conselho”), desconsiderando o gênero da palavra em favor de uma tradição gramatical masculina.

No italiano, assim como em outras línguas derivadas do latim, substantivos e adjetivos seguem uma flexão de gênero. No plural, quando há uma mistura de masculino e feminino, a regra dita que o masculino prevalece, o que muitos consideram um reflexo do patriarcado.

Ativistas e linguistas progressistas defendem a adoção de formas neutras para tornar a linguagem mais inclusiva, mas a Accademia della Crusca, principal autoridade linguística da Itália, já se manifestou contra a oficialização dessas mudanças.

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