Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Italianos vão às urnas

Conheça as posições de eleitores dos principais campos políticos que disputam a eleição

Por Nathalia Watkins, de Bolonha
Atualizado em 4 jun 2024, 16h47 - Publicado em 4 mar 2018, 14h12
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A neve deu uma trégua e, apesar do frio, a cidade de Bolonha, na Itália, estava tão viva quanto todos os outros domingos do inverno. Milhares de turistas e bolonheses passeavam pelas ruas do centro histórico, fechadas para carros aos domingos e feriados. Era difícil notar que uma das eleições mais incertas da história do país estava a pleno vapor. A maior fila no centro da cidade estava na Piazza Magiore, a principal da cidade, onde centenas de italianos esperavam para ver o bispo celebrar uma missa. Bolonha, que é considerada o reduto da esquerda, está politicamente dividida e apática ao voto.

    Os estudantes Francesco Chiommino, de 27 anos, e Massimiliano Vasallo, de 26, estão torcendo pela vitória do Movimento Cinco Estrelas (M5S), partido antissistema fundado há nove anos pelo comediante Beppe Grillo. “Simpatizo com o M5S porque são revolucionários. Eles estão mais próximos ao povo”, diz Massimiliano, que é da Sicília e estuda nutrição em Bolonha. “Eles não têm muita experiência de governo. Porém, parecem sinceros e menos corruptos”, completa Francesco. Naturais de Palermo, na Sicília, nenhum dos dois poderá votar por estarem distantes de suas zonas eleitorais.

    O processo de votação na Itália tem a confiança da maioria dos eleitores. Cada cidadão que chega ao local de votação munido de título eleitoral e documento de identidade recebe duas cédulas. Em uma de cor rosa, o eleitor marca um “x” para escolher sua preferência para o Senado. Em outra, amarela, são contabilizados os votos para a Câmara dos deputados. Um mesário coloca o papel nas urnas, sob o olhar do eleitor, que tem seu título carimbado antes de deixar o local.

    A família do estudante Francesco Diegoli, que tem como tradição ir às urnas após o almoço de domingo, é representativa da fragmentação dos eleitores italianos. Os seis membros da família mantém o bom humor, mas não chegam a um acordo quando o quesito é política.

    Continua após a publicidade

    “Sempre votei pela direita. Este ano, escolhi Matteo Salvini (do partido eurocético Liga, antes conhecido como Liga Norte). Ele vai reduzir impostos e trazer segurança. Sou a favor de acolhermos refugiados de guerra, mas não podemos continuar recebendo tantos imigrantes econômicos”, diz Ana Biagi, de 81 anos, avó de Francesco. Já a mãe do estudante, Federica, de 54 anos, também votou por Salvini e acredita que Silvio Berlusconi possa conduzir a formação de um governo de coalizão de centro-direita.

    Francesco e sua irmã Benedetta, de 21 anos, votaram pelo Partido Democrata, do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi. “É preciso coragem para seguir com as reformas”, diz o jovem, que por ter menos de 25 anos, pode eleger apenas deputados.

    Para completar o arco politico representado pela família de Francesco, sua tia avó Marisa Benassi, de 91 anos, e seu pai Paolo votaram pelo partido “Mais Europa”, de Emma Bonino, considerada uma das mais radicais dentro da coalizão de centro-esquerda. Os resultados serão conhecidos na madrugada desta segunda-feira.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.