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Itamaraty convoca embaixadora da Nicarágua para dar explicações

Governo pressiona por respostas sobre assassinato de estudante brasileira em Manágua

Por Denise Chrispim
Atualizado em 24 jul 2018, 20h19 - Publicado em 24 jul 2018, 20h18

A embaixadora da Nicarágua no Brasil, Lorena del Carmen Martínez, foi convocada pelo Ministério das Relações Exteriores para dar esclarecimentos sobre o assassinato da estudante Raynéia Gabrielle Lima em Manágua.

A brasileira, de 31 anos, estava no sexto ano de Medicina na Universidade Americana (UAM) e morreu na noite de segunda-feira, 23, após levar um tiro no peito dentro de seu próprio carro.

O assassinato ocorre em meio a uma crise política no país, instaurada desde abril, quando começaram as manifestações contra o governo do presidente Daniel Ortega.

Martínez foi recebida pelo embaixador Paulo Estivallet de Mesquita, subsecretário de América Latina e Caribe do Itamaraty.

Na reunião, que durou quase duas horas, o governo brasileiro demostrou sua indignação com o ocorrido e pressionou a Nicarágua para tomar as medidas policiais e judiciais para elucidar o caso e punir os responsáveis, segundo confirmou o próprio Itamaraty.

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Da África do Sul, o ministro de Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira também determinou que o embaixador do Brasil na Nicarágua, Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos, fosse chamado de volta a Brasília para consultas. No meio diplomático esse é o primeiro sinal de insatisfação de um governo.

Ainda não está previsto quando o embaixador deve voltar ao Brasil. Em sua ausência, a embaixada brasileira será conduzida pela encarregada de negócios Maria Ercília Moracani.

Nesta terça, a polícia da Nicarágua negou que um grupo de paramilitares tenha assassinado Raynéia, como havia informado o reitor da UAM, Ernesto Medina.

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“Um vigilante de segurança privada, em circunstâncias ainda não determinadas, realizou disparos com arma de fogo, um dos quais a impactou e causou ferimentos”, informou a Polícia Nacional, que não identificou o autor dos tiros.

Horas antes, Medina culpou grupos paramilitares que estavam nas redondezas de onde a estudante morava, ao sul da capital nicaraguense, pelo crime.

O caso

A VEJA, a mãe de Raynéia, a aposentada Maria José da Costa, afirmou que a estudante saiu do hospital onde fazia residência na noite de segunda e foi até a casa de uma amiga. No caminho de volta para sua casa, foi atingida por um tiro de grosso calibre e bateu o carro em seguida.

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Ela estava sozinha em seu carro, mas seu namorado a acompanhava em seu próprio veículo logo atrás. Ele a levou para o Hospital Militar, mas a estudante não resistiu e morreu duas horas depois.

Raynéia se mudou para a Nicarágua em 2013 com seu marido e os sogros. Ela se divorciou depois de aproximadamente 3 anos no país, segundo seu pai, Ridevando Pereira, explicou a Veja.

Os pais ficaram sabendo da morte da filha na manhã desta terça-feira, 24, por meio dos ex-sogros. “Desde então, entrei em desespero e só consigo chorar”, diz Maria José. “Ela tinha um sonho de ser médica, que agora acabou. Acabou o meu sonho também.”

Segundo a enfermeira aposentada, Raynéia voltaria ao Brasil assim que terminasse sua residência, em maio de 2019. “Minha filha era pacata, só estudava, estudava para salvar vidas. E agora tiraram a vida dela”, disse.

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