A filha do presidente dos Estados Unidos, Ivanka Trump, chegou nesta sexta-feira à Coreia do Sul para acompanhar o encerramento da Olimpíada de Inverno de PeyongChang. A visita de Ivanka é aguardada com expectativa já que no evento também estará presente a delegação norte-coreana, cujo líder é acusado de naufragar um navio sul-coreano em 2010.
Seu avião aterrissou por volta das 16h (horário local, 4h de Brasília) no Aeroporto Internacional de Incheon, e ela foi recebida pela equipe do presidente Moon Jae-in. A delegação americana, que inclui a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, e o general Vincent Brooks, comandante-chefe das Forças Armadas dos EUA implantadas na Coreia do Sul, deve jantar nesta sexta-feira com o presidente sul-coreano.
“É uma grande honra estar aqui na Coreia do Sul com a delegação dos Estados Unidos”, disse ela aos jornalistas. “Estamos muito, muito entusiasmados por participar dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, para animar o time dos Estados Unidos e para reafirmar nosso forte e duradouro compromisso com o povo da República da Coreia.”
Comparações entre a visita de Ivanka com a da irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un foram inevitáveis, já que na abertura a presença de Kim Yo Jong ofuscou a do vice-presidente americano Mike Pence, que a ignorou. Aquela era a primeira vez que um membro da Dinastia Kim visitava a vizinha do norte.
Segundo analistas ouvidos pela CNN, a escolha da filha de Trump para a visita se deu principalmente devido ao seu carisma e capacidade de reforçar as relações diplomáticas com a Coreia do Sul, já que é a figura de melhor reputação na administração Trump.
Seul considera que esta viagem pode servir para ajudar na reaproximação de Washington com a Coreia do Norte.
Ivanka estará no camarote durante o encerramento dos Jogos com a delegação norte-coreana, liderada pelo general Kim Yong-chol, que chegará a Coreia do Sul no próximo domingo. O general foi chefe da agência de inteligência militar da Coreia do Norte que Seul culpa pelo naufrágio de um navio da Marinha sul-coreana que matou 46 marinheiros em 2010.
O ministro sul-coreano da Unificação, Cho Myoung-gyon, disse que o ataque de torpedo à embarcação foi realizado por Pyongyang, mas o governo não foi capaz de confirmar exatamente quem foi o responsável.
A Coreia do Norte nega ter tido algo a ver com o acidente.
(Com EFE e Reuters)