Jacob Zuma, o ex-presidente da África do Sul, foi levado sob custódia nesta quarta-feira, 7, para começar a cumprir uma sentença de 15 meses de prisão.
Zuma, de 79 anos, se rendeu voluntariamente, 40 minutos antes do prazo final da meia-noite para a polícia entregá-lo aos funcionários da prisão.
O Tribunal Constitucional, o mais alto órgão judicial do país, ordenou a prisão de Zuma no mês passado depois de considerá-lo culpado de desacato por não comparecer a uma comissão que investigava acusações de corrupção que mancharam seu mandato como líder do país de 2009 a 2018.
Seu mandato como presidente foi marcado por escândalo e má administração. No entanto, ele é uma figura populista profundamente amada em alguns cantos, especialmente entre os zulus em sua província natal, KwaZulu-Natal.
No início da quarta-feira, a fundação de Zuma se pronunciou. “Caros sul-africanos e o mundo. Informamos que o presidente Zuma decidiu cumprir a ordem de prisão.”
A decisão de Zuma de obedecer à ordem do Tribunal Constitucional ocorre após uma semana de tensões crescentes em torno de sua sentença de prisão.
Em um apelo de última hora para evitar ir para a prisão, os advogados de Zuma escreveram ao chefe de justiça interino solicitando que sua prisão fosse suspensa até sexta-feira, quando um tribunal regional decidirá sobre seu pedido de adiamento da prisão.
Seus advogados pediram ao juiz interino que emitisse diretrizes impedindo a polícia de prendê-lo, alegando que haveria um “prejuízo à sua vida”.
Centenas de apoiadores do ex-presidente se reuniram em sua casa no último fim de semana e prometeram evitar sua prisão, mas partiram no domingo.