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Japão elege primeira mulher premiê e dá guinada decisiva à direita

Sanae Takaichi, a 'Dama de Ferro japonesa', promete dar novo impulso à economia estagnada, combater imigração ilegal e aumentar investimento em defesa

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 out 2025, 08h49 - Publicado em 21 out 2025, 08h34

A política conservadora Sanae Takaichi, do Partido Liberal Democrata (PLD), foi eleita a primeira mulher premiê do Japão nesta terça-feira, 21. Admiradora da britânica Margaret Tatcher, a “Dama de Ferro japonesa” chegou ao poder após selar um acordo de coalizão com uma sigla de direita, prometendo dar novo impulso à economia assolada pelo crescimento lento e preços em alta.

Takaichi recebeu 237 votos na eleição na câmara baixa do parlamento, onde há 465 cadeiras; depois, obteve número semelhante na câmara alta, menos poderosa. Ela tomará posse nesta noite para suceder o atual premiê, Shigeru Ishiba, que, pressionado por uma série de derrotas eleitorais do PLD, anunciou sua renúncia no mês passado.

Guinada à direita

Embora sua vitória marque um momento crucial para um país onde os homens ainda dominam a política de forma esmagadora, ela nomeou apenas duas figuras femininas para seu gabinete — Satsuki Katayama, que como ela é discípula do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, para o Ministério das Finanças do país, e Kimi Onoda para a pasta de Segurança Econômica — muito menos do que havia prometido em campanha, quando afirmou que a composição do governo seria tão igualitária quanto “à de países nórdicos”. Agora, deve liderar uma guinada decisiva à direita em áreas como imigração e defesa, em sintonia com o giro global em direção a esse espectro político.

Sua vitória foi garantida depois que o Partido Liberal Democrata (centro-direita), que governou o Japão durante a maior parte do pós-guerra, concordou na segunda-feira em formar uma coalizão com o direitista Ishin. Juntas, as siglas estão a duas cadeiras da maioria na câmara baixa — ou seja, Takaichi precisará da cooperação de mais parlamentares da oposição para aprovar suas propostas.

Desestabilização

Nunca tão fragmentada, a política japonesa foi abalada pela ascensão do Partido Sanseito, de extrema direita, que atraiu eleitores do PLD. A desestabilização também veio da quebra da coalizão com o Komeito, mais moderado, após 26 anos de parceria — que ocorreu após a escolha de Takaichi como líder. O chefe da sigla, Sohei Komiya, acusa a tradicional legenda conservadora de “se inclinar para a esquerda”.

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“Embora não hesitemos em nos opor a Takaichi quando necessário, pretendemos manter uma relação de trabalho amigável”, declarou ele à emissora NHK.

A vitória de Takaichi levou o índice Nikkei a bater máximas históricas. Mas também causou inquietação entre os investidores quanto à capacidade do governo de arcar com o aumento de gastos que ela prometeu em defesa, em paralelo à redução de impostos, em um país onde a dívida supera em muito a produção anual. Como resultado, tanto o iene quanto os preços dos títulos da dívida se desvalorizaram.

Retomar a chamada “Abenomics”, do ex-premiê Shinzo Abe, também pode gerar problemas, já que a política foi elaborada para combater a deflação, não a alta dos preços. Alguns analistas afirmam ainda que o Ishin, que já defendeu cortes orçamentários anteriormente, pode restringir algumas das ambições de gastos de Takaichi.

Ela prometeu também aprofundar a cooperação com os Estados Unidos e outros parceiros de segurança. O presidente Donald Trump pode visitá-la já em sua primeira semana de mandato.

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