Cerca de 3.700 passageiros e tripulantes de um cruzeiro estão em quarentena no porto de Yokohama, no Japão, e começaram a ser submetidos a exames de saúde nesta terça-feira, 4, depois do diagnóstico positivo de contaminação por coronavírus de um viajante, que desembarcou em Hong Kong. Ele estava a bordo havia cinco dias. A quarentena deve ser encerrada ainda na quarta-feira, 5.
O paciente, um homem de 80 anos, esteve a bordo do Diamond Princess entre 20 de janeiro, quando a embarcação estava ancorada em Yokohama, e 25 de janeiro, quando ele desembarcou em Hong Kong e nunca mais retornou ao cruzeiro.
O homem, que esteve na China continental por “algumas horas” e já apresentava tosse pelo menos oito dias antes de entrar no Diamond Princess, foi diagnosticado com o coronavírus 2019-nCoV, causador de pneumonia, em 30 de janeiro e está em condição estável.
O cruzeiro retornou a Yokohama para concluir seu itinerário de 14 dias. Mas acabou impedido de desembarcar na cidade japonesa desde segunda-feira 3 — há 2.666 passageiros e 1.045 tripulantes no navio. Cerca de metade das pessoas a bordo é japonesa.
A quarentena deve permanecer até esta quarta-feira porque os exames para identificar a contaminação pelo 2019-nCoV levam até cinco horas para emitir resultado, segundo as autoridades do Japão.
Fotos e vídeos publicados no Twitter por um passageiro identificado como @daxa_tw mostraram agentes de saúde com máscaras e roupas de plástico azul percorrendo os corredores vazios do navio, além de imagens de saguões desertos e um convés abandonado.
Os hóspedes à espera de exames foram orientados a ficar nas cabines, de onde responderam a um questionário e passaram por medições de temperatura. Mas houve anúncios a bordo, no mesmo dia, de que cerca de 70% dos exames haviam sido finalizados e que as atividades haviam sido normalizadas – exceto no cassino, nas lojas e no estúdio de fotos.
Outro cruzeiro com 6.000 pessoas a bordo esteve retido no porto de Civitavecchia, na Itália, por horas na semana passada também devido à suspeita de passageiros contaminados com o 2019-nCoV. Todos os testes deram negativo para a presença do vírus na ocasião.
(Com Reuters)