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Japão quer implantar mísseis de longo alcance que podem atingir China e Coreia do Norte

Nova estratégia militar ocorre diante das crescentes tensões na Ásia e da incerteza sobre o compromisso dos EUA de Trump com tratado de segurança

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 mar 2025, 19h20 - Publicado em 17 mar 2025, 15h33

O Japão anunciou nesta segunda-feira, 17, que planeja implantar mísseis balísticos de longo alcance na ilha de Kyushu, ao sul do país, o que deve ampliar sua capacidade de resposta diante de tensões crescentes na Ásia e incertezas sobre o compromisso dos Estados Unidos com o pacto de segurança entre os países. Com alcance estimado em 1.000 km, os novos armamentos poderiam atingir alvos estratégicos na Coreia do Norte e na China, de acordo com a agência de notícias Kyodo.

Os novos mísseis devem ser instalados em bases militares já operacionais, como o Camp Yufuin, na província de Oita, e o Camp Kengun, em Kumamoto. Os sistemas de armas são versões atualizadas dos mísseis guiados terra-navio Tipo-12 da GSDF.

Apesar da proximidade com Taiwan, o governo japonês não deve posicionar esse tipo de armamento nas ilhas de Okinawa, para evitar uma escalada nas tensões com Pequim. A China continental reivindica a ilha semiautônoma, de governo democrático, como parte de seu território. Atualmente, a região abriga sistemas de defesa de menor alcance.

Trump e incertezas

A medida faz parte da nova estratégia de “capacidades de contra-ataque” do Japão e ocorre enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, volta a questionar a reciprocidade do pacto de defesa entre os dois países, assinado em 1951, quando o Japão ainda estava ocupado pelas forças americanas.

Recentemente, o republicano criticou o acordo, afirmando que Washington tem o fardo de proteger o Japão, enquanto Tóquio não tem a mesma responsabilidade em relação aos Estados Unidos.

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Além disso, os recentes pronunciamentos polêmicos de Trump sobre anexação de territórios de aliados, como Canadá, o Canal do Panamá e a Groenlândia (um território semiautônomo da Dinamarca), também aumentaram a preocupação japonesa quanto à confiabilidade da aliança.

A incerteza sobre o apoio americano pode fazer ressurgir um tabu há muito evitado: a aquisição de armas nucleares pelo Japão, um tema delicado desde os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki. Embora a Constituição do país, por meio do artigo pacifista imposto por Washington após a II Guerra Mundial, restrinja sua capacidade de tomar ações nessa direção, a nova postura aumenta a probabilidade do país desenvolver um arsenal nuclear próprio.

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