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Japão segue vendo a Coreia do Norte como uma “séria ameaça”

De acordo com relatório, Pyongyang mantém implantados "centenas de mísseis balísticos capazes de alcançar praticamente qualquer parte do Japão"

Por EFE 28 ago 2018, 05h57
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  • O Japão considera que a Coreia do Norte segue representando uma “séria ameaça” para sua segurança, apesar da atual fase de distensão na península coreana e o compromisso do regime de Pyongyang para se desnuclearizar, segundo seu relatório anual de Defesa divulgado nesta terça-feira, 28.

    O documento afirma que Pyongyang mantém implantados “centenas de mísseis balísticos capazes de alcançar praticamente qualquer parte do Japão”, entre eles o Rodong, de médio alcance, pelo qual a percepção do país vizinho como potencial ameaça “segue sem mudanças”.

    No entanto, o Livro Branco da Defesa do Japão, avalia como “significativo” o compromisso para a desnuclearização da península da Coreia realizado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, durante a sua histórica cúpula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada no mês de junho, em Singapura.

    Neste sentido, o documento ressalta a importância de “vigiar de perto” as possíveis ações concretas tomadas pela Coreia do Norte para se desfazer das suas capacidades nucleares e de mísseis.

    O ministério japonês publicou seu relatório anual em um momento em que o diálogo aberto entre Washington e Pyongyang para realizar a desnuclearização da península coreana parece paralisado, devido às diferenças entre as duas partes sobre como realizar este processo.

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    Os veículos de imprensa oficiais do regime norte-coreano e a Casa Branca trocaram acusações nos últimos dias, e na última sexta-feira, Trump anunciou o cancelamento de uma viagem prevista para esta semana a Pyongyang do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

    Além disso, o Livro Branco japonês afirma que atividades militares foram intensificadas por parte dos países vizinhos na região de Ásia-Pacífico, e em particular aponta para Rússia e China.

    No caso de Pequim, o documento se refere à “escalada unilateral das suas atividades militares”, o que representa uma “forte preocupação” para a segurança da região.

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    Moscou também mostra “uma tendência em intensificar suas atividades militares” na região, incluindo áreas próximas ao território japonês, segundo o Livro Branco.

    O Japão mantém uma disputa com a China pela soberania das ilhas Senkaku (Diaoyu em chinês), administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim, e a tensão entre as duas nações aumentou por causa da construção de ilhas artificiais e instalações militares por parte do gigante asiático no Mar da China Meridional.

    O Livro Branco também reitera a reivindicação do Japão sobre a soberania das ilhotas de Dokdo (que Tóquio chama Takeshima), sob controle sul-coreano, e expressa a preocupação pelas atividades militares russas nas ilhas Curilas do Sul, dominadas por Moscou desde o final da II Guerra Mundial.

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