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Jeff Bezos investe milhões de dólares em vacina contra ‘pum de vaca’

Gases dos bovinos emitem metano (CH4), segundo maior responsável pelo aquecimento global

Por Redação 10 fev 2025, 14h41

O Bezos Earth Fund, instituto com viés ambiental do dono da Amazon, o bilionário Jeff Bezos, investiu US$ 9,4 milhões (cerca de R$ 54,6 milhões) na criação de uma vacina para conter o “pum” de bois e vacas. Apesar de aparentarem inofensivos, o esterco, o peido e o arroto dos bovinos emitem gás metano (CH4), o segundo maior responsável pelo aquecimento global.

As vacas digerem os alimentos de uma maneira única, produzindo gás metano durante o processo de fermentação no rúmen, uma das quatro partes de seu estômago. Os bovinos são responsáveis por cerca de um terço das emissões humanas de metano, que, por sua vez, representam aproximadamente 30% do aquecimento global.

Segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, o metano tem um potencial de aquecimento global 28 vezes mais potente que o CO2, embora tenha vida mais curta na atmosfera. 

Em 2022, de acordo com o Observatório do Clima, o Brasil emitiu 20,5 milhões de toneladas de metano — 70% vieram do gado, o que equivale a 14,2 milhões de toneladas.

Embora algumas fazendas tenham experimentado aditivos especiais para ração para reduzir a emissão de metano, a técnica tem se mostrado difícil de implementar devido à eficácia variável e necessidade de fornecimento constante. Uma vacina, por outro lado, pode mudar o jogo.

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Desenvolvimento da vacina

Agora apoiado pelo bilionário Bezos, o Instituto Pirbright, no Reino Unido, em colaboração com a AgResearch, da Nova Zelândia, e o Royal Veterinary College, do Reino Unido, lançou um estudo de três anos para desenvolver uma vacina com o objetivo de reduzir as emissões de metano em pelo menos 30% em uma única injeção. 

Para funcionar, a vacina precisa induzir a produção de anticorpos que se liguem às bactérias produtoras de metano no rúmen e impeçam sua ação. No entanto, o ambiente do rúmen dificulta a ação de anticorpos, tornando o desenvolvimento da vacina um processo complexo.

Segundo Dirk Werling, professor do Royal Veterinary College e integrante do projeto, a vacina poderia até ser administrada em vacas prenhas, permitindo que os anticorpos sejam transmitidos ao bezerro pelo colostro.

No entanto, os cientistas reconhecem que, mesmo que a vacina funcione, a aceitação pública será um obstáculo decisivo para o seu sucesso.

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