Três palestinos morreram nesta sexta-feira em confrontos na Cisjordânia e em Jerusalém. Eles protestaram contra as novas medidas de segurança para ter acesso à Esplanada das Mesquitas.
A polícia de Israel proibiu que homens com menos de 50 anos entrem na Cidade Velha de Jerusalém e na Esplanada das Mesquitas. O acesso foi fechado pelas autoridades israelenses após um atentado na sexta-feira, 14, cometido por três árabes israelenses. O ataque terminou com dois policiais israelenses mortos na Cidade Velha de Jerusalém.
“A entrada na Cidade Velha e ao Monte do Templo (Esplanada das Mesquitas para os muçulmanos) fica limitada aos homens de 50 anos ou mais, e às mulheres de qualquer idade”, anunciou a polícia, em um comunicado.
Cerca de 3.000 palestinos rezaram do lado de fora da Esplanada, nesta sexta-feira. Ao final da oração, lançaram pedras e latas de lixo contra policiais israelenses. Pelo menos 20 palestinos ficaram feridos no distúrbio, controlado pelas forças de segurança israelenses. Os palestinos protestam contra a instalação de detectores de metal na entrada do local. Líderes muçulmanos alegam que as medidas de segurança fazem parte de uma suposta caminha israelense para expandir seu controle na região.
Palestinos pedem ajuda aos Estados Unidos
Nabil Abu Rdeneh, funcionário da Autoridade Nacional Palestina, disse que o presidente Mahmoud Abbas pediu aos Estados Unidos que “intervenham urgentemente” e obriguem Israel a remover detectores de metal de um santuário disputado em Jerusalém.
Abu Rdeneh disse na sexta-feira que Abbas discutiu as tensões crescentes em Jerusalém em um telefonema com Jared Kushner, genro e conselheiro do presidente Donald Trump. Segundo o funcionário, Abbas afirmou a Kushner que a situação é “extremamente perigosa e pode ficar fora de controle”, a menos que Israel remova os detectores de metal.
(Com Associated Press e Estadão Conteúdo)