O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse nesta quarta-feira, 15, estar profundamente preocupado com o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips na floresta amazônica, e que o governo está trabalhando com autoridades brasileiras investigando o caso.
“Como todos nesta Câmara (dos Comuns), estamos profundamente preocupados com o que pode ter acontecido com ele. Funcionários do Ministério de Relações Internacionais estão trabalhando em estreita colaboração com as autoridades brasileiras”, disse Johnson aos legisladores.
“O que dissemos aos brasileiros é que estamos prontos para dar todo o suporte de que eles precisarem”, completou.
O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira desapareceram no Vale do Javari, região remota no Amazonas, no fim de semana dos dias 4 e 5 de junho. Repórter freelancer para o jornal The Guardian, Dom Phillips estava escrevendo um livro e viajou acompanhado pelo brasileiro para realizar entrevistas.
O comitê que atua nas buscas de Bruno e Dom informou na terça-feira 14 que prendeu Oseney da Costa de Oliveira, vulgo “Dos Santos”, 41 anos, por suspeita de participação no desaparecimento do indigenista e do jornalista na Amazônia.
Além das prisões, os investigadores da Polícia Federal cumpriram dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça em Atalaia do Norte (AM). Os agentes apreenderam alguns cartuchos de arma de fogo e um remo que serão periciados. No domingo 12, a força-tarefa encontrou os objetos pessoais dos dois no Rio Itaquaí, onde a dupla foi vista pela última vez.
As buscas continuam na região do Rio Itaquaí. Para os investigadores, o novo personagem teria atuado com Amarildo da Costa, o Pelado, que já está preso por suspeita de envolvimento no desaparecimento do jornalista e do indigenista.
Suas mortes não foram confirmadas. Depois de a mulher de Dom Phillips, Alessandra Sampaio, afirmar que recebeu a notícia de que os corpos do jornalista inglês e do indigenista Bruno Araújo Pereira foram encontrados pelas equipes de busca, a PF no Amazonas divulgou uma nota para informar que “não procedem as informações”.