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Jornalistas equatorianos estão mortos, diz dissidência das Farc

O governo do Equador diz que ainda não confirma a informação; os três membros da imprensa foram sequestrados na fronteira do país com a Colômbia

Por Da redação
Atualizado em 11 abr 2018, 19h01 - Publicado em 11 abr 2018, 18h06

Os três membros de uma equipe de imprensa do jornal equatoriano El Comercio, sequestrados no fim de março por guerrilheiros dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foram mortos em uma suposta operação de resgate fracassada, segundo comunicado divulgado pelos combatentes.

O governo equatoriano informou que ainda não confirma a morte dos três e diz que fará um comunicado em canais oficiais assim que tiver mais informações. “O governo nacional informa que, diante da circulação de um comunicado, supostamente emitido pela frente Oliver Sinisterra, está verificando a autenticidade do documento e dos fatos descritos.”

O comunicado divulgado pelos guerrilheiros, cuja autenticidade foi confirmada à emissora colombiana Blu Radio por autoridades da Colômbia e do Equador, diz que o suposto resgate foi feito “pela via militar, com desembarques em vários pontos onde estavam os senhores sequestrados, o que resultou na morte dos jornalistas e do motorista”.

“Informamos à opinião pública e  aos parentes dos três sequestrados equatorianos que o governo do Equador e o ministro da Colômbia não quiseram salvar a vida dos três”, continua a nota dos guerrilheiros.

“A frente Oliver Sinisterra lembra os governos do Equador e da Colômbia que não somos um grupo de delinquentes ou narcotraficantes como nos chamam, somos guerrilheiros das Farc e temos nossos próprios princípios e nossos ideais, lembrando que voltamos ao campo de batalha em razão da irresponsabilidade do governo colombiano ao não cumprir os acordos pactuados com a direção do secretariado das Farc.”

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O repórter Javier Ortega, de 32 anos, o fotógrafo Paúl Rivas, de 45 anos, e o motorista Efraín Segarra, de 60 anos, tinham sido sequestrados em 26 de março quando preparavam reportagens em Mataje, na fronteira com a Colômbia, região onde as autoridades dos dois países perseguem guerrilheiros que se afastaram do processo de paz. Eles estavam em poder do grupo armado dirigido por Walter Artízala, conhecido como “Guacho”, que comanda um grupo de cerca de oitenta combatentes.

(Com Estadão Conteúdo)

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