Jovem de 20 anos invade mansão de prefeito de Nova York e rouba enfeite de Natal
Michael Aromando conseguiu pegar alguns itens sem ser notado pelos policiais, mas depois foi preso; Eric Adams não estava em casa durante o ocorrido

Um homem escalou as cercas da Mansão Gracie, residência oficial do prefeito de Nova York, Eric Adams, e invadiu o prédio antes de ser preso no Ano Novo, anunciou um porta-voz da polícia local nesta quinta-feira, 2. O jovem de 20 anos, identificado como Michael Aromando, conseguiu roubar alguns itens, incluindo um enfeite de Natal, sem ser notado pelos policiais. Adams não estava em casa durante o ocorrido.
Em depoimento, Aromando mostrou um vídeo gravado em seu celular, no qual aparecia levando a decoração natalina de uma gaveta dentro da mansão. Preso, ele foi indiciado nesta quinta-feira e teve a fiança estabelecida em US$ 5 mil (mais de R$ 31 mil). O homem também deve respeitar um toque de recolher às 23h e permanecer longe da residência do prefeito (Aromando mora no Upper East Side, a cerca de sete quarteirões). Ainda não se sabe o motivo por trás da invasão da propriedade.
Adams passou a virada de ano na Times Square, mas não há informações sobre para onde foi depois do fim das comemorações no icônico ponto turístico nova-iorquino. Embora a Mansão Gracie seja a residência oficial do prefeito, há dúvidas a respeito do local em que ele realmente passa seu tempo. O político de 64 anos é dono de um apartamento no Brooklyn e proprietário de uma cooperativa em Nova Jersey. Na pandemia, quando era presidente do distrito do Brooklyn, ficou conhecido por dormir na sede do governo, o Brooklyn Borough Hall.
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O prefeito, por sua vez, afirma que mora na Mansão Gracie, palco de eventos culturais organizados por ele. Em entrevista à televisão americana em 2023, Adams disse que apreciava viver próximo ao East River e que gostava de sentar na varanda da mansão para fumar um charuto e beber uma taça de conhaque. Ao mesmo tempo, ele lamentou que o edifício quase tricentenário tenha “fantasmas andando” pelas instalações.
Em setembro do ano passado, Adams foi formalmente acusado uma série de crimes federais. O tribunal distrital dos Estados Unidos no sul da cidade anunciou o indiciamento, que inclui crimes como conspiração para cometer fraude eletrônica, suborno de programa federal, recepção de doações de campanha de estrangeiros e fraude eletrônica.
A acusação formal ocorreu após uma investigação federal de meses de duração, capitaneada pelo gabinete do procurador-geral de Manhattan, que examinava as conexões de Adams com autoridades e empresários turcos e doações de campanha suspeitas que ele recebeu. Membro do Partido Democrata, ele anteriormente havia negado quaisquer irregularidades.