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Jovem é presa na Arábia Saudita por usar minissaia

Detenção aconteceu depois da publicação de um vídeo nas redes sociais em que a mulher caminha por um sítio histórico local trajando "roupas imodestas"

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h54 - Publicado em 18 jul 2017, 16h55
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  • Uma mulher foi presa na Arábia Saudita após a publicação de um vídeo nas redes sociais em que caminha por um sítio histórico local trajando minissaia e top. A imprensa saudita informou nesta terça-feira que a jovem foi detida por usar “roupas imodestas”, que contrariam o conservador código de vestimenta islâmico do país.

     

     

    A polícia encaminhou o caso para o Ministério Público, de acordo com a conta oficial do Twitter do canal de televisão estatal Al Ekhbariya. A mulher, cujo nome não foi divulgado, será interrogada por um representante da Justiça, que vai decidir se ela permanecerá detida e se será aberto um processo.

    Na Arábia Saudita, país ultraconservador, as mulheres devem se vestir em público com uma abaia preta, o traje tradicional que as cobre dos pés à cabeça. Em várias sequências do vídeo, que foi postado no fim de semana na conta de Snapchat de uma modelo chamada “Khulood”, pode-se ver uma mulher de cabelos longos, sem véu, usando minissaia, top e óculos escuros. Ela caminha pelo forte histórico de Ushaiqir, a cerca de 200 quilômetros a noroeste da capital Riad, na província de Najd, uma das regiões mais conservadoras da Arábia Saudita.

    A Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício pretende adotar as medidas necessárias contra essa “transgressão da ordem moral” e uso de “traje indecente”, segundo um porta-voz da polícia religiosa em um tuíte.

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    O vídeo causou alvoroço nas redes sociais, e algumas pessoas pediram que a mulher fosse presa e processada por violar as leis do reino, que exigem que todas as mulheres, incluindo estrangeiras, usem roupas longas e soltas em público. Se forem muçulmanas, devem também  usar lenço e véu cobrindo a cabeça.

    Os jornais locais, que publicaram a imagem borrada da mulher, por ser considerada indecente, relataram que ela “confessou” visitar a aldeia histórica com seu guardião masculino. Um porta-voz da polícia de Riad disse aos jornalistas que ela, no entanto, negou que tenha publicado o vídeo e disse aos oficiais que a conta do Snapchat não pertence a ela.

    (com AFP)

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