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Julgamento de Netanyahu por corrupção começa em 17 de março

Audiência está marcada para duas semanas após as eleições, cruciais para a sobrevivência política do primeiro-ministro

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 16h17 - Publicado em 18 fev 2020, 15h29

O julgamento por corrupção de Benjamin Netanyahu, o único chefe de governo da história de Israel a ser acusado durante seu mandato, começará em 17 de março, duas semanas após eleições cruciais para sua sobrevivência política, anunciou a Justiça nesta terça-feira, 18.

Em um breve comunicado, o ministério da Justiça disse que a acusação será lida pela juíza Rivka Friedman-Feldman do tribunal de Jerusalém na presença de Netanyahu na terça-feira, 17 de março, à tarde. A data é anunciada quando o primeiro-ministro israelense, de 70 anos, faz campanha para as eleições legislativas de 2 de março, as terceiras em menos de um ano em Israel.

Após as eleições legislativas de setembro, seu adversário Benny Gantz se recusou a ingressar em um governo de unidade liderado por Netanyahu, considerando que este deveria primeiro resolver seus problemas com a Justiça antes de reivindicar o poder. A decisão obrigou o Parlamento a convocar uma nova votação.

O primeiro-ministro foi indiciado por suborno, fraude e quebra de confiança pelo procurador Avichaï Mandelblit por envolvimento em três casos. Em dois deles é acusado de ter trocado favores por coberturas positivas na imprensa local, e no terceiro por receber presentes no valor de 700.000 shekels (cerca de 853.000 reais) de um produtor de Hollywood.

A lei israelense estabelece que qualquer ministro sujeito a um processo criminal deve renunciar ao cargo, mas isso não se aplica ao primeiro-ministro. Embora possa permanecer na posição, Benjamin Netanyahu não goza de imunidade judicial.

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Desta forma, Netanyahu solicitou, no início de janeiro, ao Parlamento que lhe desse imunidade após as próximas eleições legislativas de 2 de março, apostando em sua vitória para obter a maioria e, assim, se proteger da Justiça. Mas os partidos da oposição convenceram a maioria dos deputados a examinar seu pedido de imunidade antes das eleições. Diante da rejeição antecipada de seu pedido, Netanyahu retirou no final de janeiro sua solicitação.

(Com AFP)

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