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APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

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Justiça da Colômbia ordena que candidatos façam debate presidencial

Há menos de uma semana da votação, as pesquisas apontam um empate técnico dentro da margem de erro

Por Matheus Deccache 15 jun 2022, 18h55

O Tribunal Superior de Bogotá, na Colômbia, determinou nesta quinta-feira, 15, que os dois candidatos à Presidência, o esquerdista Gustavo Petro e o populista Rodolfo Hernández, realizem pelo menos um debate antes do segundo turno das eleições, marcada para o próximo domingo, 19. 

De acordo com a decisão, ambos os candidatos têm até a próxima quinta-feira para chegar a um comum acordo para a realização do encontro, que deverá ser transmitido por rádio e TV no sistema de mídia pública. 

“Os debates presidenciais são em si considerados um direito do candidato de apresentar suas ideias, mas ao mesmo tempo um dever para com o conglomerado social”, diz a sentença. 

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O tribunal tomou a decisão depois de analisar um recurso de um grupo de advogados que pede que Hernández concorde com um encontro com o seu adversário, situação que vinha sendo evitada pelo candidato populista. 

Na semana passada, ele já havia dito que não iria mais participar de atos presenciais até o final da campanha após dizer que sua vida estaria em risco. Nas publicações, Hernández se referiu a seu adversário e apoiadores como uma “gangue criminosa” e disse que um vídeo no qual assessores de Petro discutem sua estratégia de campanha é uma prova de que sua vida corria perigo.

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Assim como seu adversário, Petro também cancelou eventos de campanha por temores com sua segurança. Em maio, sua equipe disse haver “uma conspiração de uma gangue para assassiná-lo” e desmarcou encontros na região cafeeira do país. Em resposta, o governo federal ofereceu segurança adicional ao candidato enquanto a polícia caminha com as investigações. 

No entanto, o ex-guerrilheiro já havia se mostrado disposto a debater pessoalmente com o populista antes das eleições e disse estar disposto a acatar a decisão em suas primeiras reações. 

“A Justiça ordenou o debate presidencial entre os candidatos. É um direito do povo. Estou pronto para isso”, disse em sua conta no Twitter.

Já a equipe de Hernández ainda não se pronunciou sobre a determinação, porém o ex-prefeito de Bucaramanga disse há duas semanas que não participaria de debates porque não iria fazer parte “dessas dinâmicas polarizadoras e odiosas”, dizendo que suas ideias e propostas seriam apresentadas em suas redes sociais.

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Rodolfo Hernández chegou ao segundo turno das eleições com um discurso antissistema e diz ter acumulado uma fortuna de mais de 100 milhões de dólares por meio de sua consultoria. Entre as suas promessas de campanha estão o encolhimento do governo e, embora tenha empregado uma retórica inflamada contra a corrupção, ele está sob investigação por supostamente intervir em uma licitação de coleta de lixo durante seu mandato como prefeito de Bucaramanga para beneficiar uma empresa para a qual seu filho fez lobby. Ele nega as acusações.

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Além disso, ele protagonizou alguns momentos polêmicos, como o vídeo em que agride o vereador Jhon Lopez após ser acusado de corrupção. O presidenciável também já contou ser admirador de Adolf Hitler, para depois pedir desculpas e dizer que tinha, na verdade, confundido o ditador nazista com o cientista Albert Einstein.

Ex-guerrilheiro do M-19 e ex-prefeito de Bogotá, Petro tenta chegar à Presidência pela terceira vez. Ele se candidatou em 2010 e 2018, mas foi derrotado em ambas as eleições. Na véspera do primeiro turno, o candidato, que conta com a simpatia de setores da esquerda brasileira, agradeceu ao “apoio” do ex-presidente Lula, líder nas pesquisas nacionais de intenção de votos, e disse que, se eleito, pretende firmar uma parceria com o Brasil para “salvar a selva amazônica”.

Há menos de uma semana da votação, as pesquisas apontam um empate técnico dentro da margem de erro com uma pequena vantagem numérica para o populista – 48,2% a 47,2% – enquanto os dois candidatos correm para conquistar os votos dos que se abstiveram no primeiro turno (45% dos eleitores), além dos jovens e indecisos. 

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