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Justiça dos EUA faz prisões em rede de bordéis de luxo usada por políticos

Clientela de estabelecimentos em Massachusetts e Virgínia também incluía militares e funcionários do governo com autorizações de segurança

Por Da Redação
Atualizado em 9 nov 2023, 09h49 - Publicado em 9 nov 2023, 09h42
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  • O Departamento de Justiça dos Estados Unidos comunicou na noite de quarta-feira 8 que três indivíduos foram presos sob a acusação de operar uma “rede de bordéis de luxo” em Massachusetts e na Virgínia, com uma clientela que incluía políticos eleitos, militares e funcionários do governo com autorizações de segurança.

    “Escolha uma profissão”, disse Joshua Levy, procurador interino dos Estados Unidos em Massachusetts durante entrevista coletiva em Boston, referindo-se à extensa lista de clientes. “Ela provavelmente está representada neste caso.”

    Segundo ele, a lista de clientes inclui médicos, advogados, contadores, políticos eleitos, executivos de farmacêuticas e empresas de tecnologia, militares, funcionários do governo, professores e cientistas.

    “Existem potencialmente centenas de indivíduos que utilizaram estes serviços como compradores comerciais de sexo”, disse Levy, observando que a investigação ainda está na fase inicial.

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    Levy não identificou pelo nome nenhum dos clientes dos bordéis e observou que vários mandados de busca e apreensão estão sendo executados no caso em Massachusetts, Califórnia e Virgínia.

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    Han Lee, 41, de Cambridge, Massachusetts; James Lee, 68, de Torrance, Califórnia; e Junmyung Lee, 30 anos, de Dedham, Massachusetts, foram acusados de conspiração para coagir e induzir pessoas a se envolverem em atividades sexuais ilegais. Espera-se que eles compareçam ao tribunal federal de Boston em breve.

    Os três indivíduos, de acordo com Levy, selecionavam mulheres e faziam anúncios online para clientes pré-aprovados, que precisavam enviar antes seus “currículos”. Essas mulheres eram apresentadas em “cardápios” em vários sites. Os bordéis, por sua vez, eram administrados em apartamentos que alugavam.

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    “Os potenciais compradores de sexo neste esquema primeiro tinham que responder a uma pesquisa e fornecer informações online, incluindo fotos de sua carteira de motorista, informações de seu empregador, dados de cartão de crédito, e muitas vezes pagavam uma taxa mensal para fazer parte [do esquema]”, afirmou Levy.

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    Um agente especial das Investigações de Segurança Interna informou ainda que a rede de prostituição utilizada dois sites principais, que anunciavam encontros com mulheres asiáticas. Em depoimento ao tribunal de Boston, ele afirmou que cerca de 20 compradores de sexo foram entrevistados em conexão com a investigação, que ocorre desde 2022.

    O agente também declarou acreditar que os bordéis são “sofisticados”, devido ao alto custo do aluguel dos apartamentos utilizados e ao “escopo das profissões dos compradores de sexo”.

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