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Justiça rejeita processo que acusava Boris Johnson de mentir sobre Brexit

Ex-chanceler é o candidato mais cotado para substituir Theresa May como premiê britânico; ele era acusado de propagar dados falsos sobre repasses à UE

Por Da Redação
7 jun 2019, 16h49
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  • Juízes da Suprema Corte de Londres rejeitaram uma ação para processar Boris Johnson, membro do Partido Conservador do Reino Unido, por supostamente mentir durante a campanha à favor da separação com a União Europeia, no referendo de 2016.

    Cotado como o principal candidato para substituir Theresa May no cargo de premiê, Johnson afirmou na época, como prefeito da capital, que os britânicos economizariam 350 milhões de libras por semana ao sair do bloco econômico. A informação estava, inclusive, estampada em seu ônibus de campanha pela saída.

    Opositores do conservador argumentaram que os dados eram deliberadamente enganosos, e que a frase se tornou um símbolo das divisões causadas pelo referendo, no qual 52% dos britânicos optaram pela ruptura com a União Europeia.

    Johnson havia sido intimado pela Justiça britânica para depor sobre o assunto na última semana, como resultado de uma iniciativa do empresário Marcus Ball, de 29 anos. Com financiamento coletivo, ele conseguiu abrir uma sindicância particular contra o ex-chanceler por ter usado argumentos falsos durante a campanha pró-Brexit para o referendo.

    “O Reino Unido nunca enviou ou deu 350 milhões de libras por semana para a União Europeia”, afirmou um dos advogados de Ball, Lewis Power, ao defender o caso no tribunal londrino de Westminster Magistrate.

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    “Johnson sabia que a informação era falsa e, no entanto, optou por repeti-la várias vezes. A democracia exige uma liderança responsável e honesta por parte das pessoas que ocupam funções públicas”, completou, alfinetando as pretensões políticas do ex-chanceler, que concorre com outras 10 pessoas à chefia do governo.

    Mas na audiência de análise judicial realizada nesta sexta-feira, 7, na Suprema Corte, o advogado do conservador, Adrian Darbishire, afirmou que o juiz se equivocou ao permitir que o caso avançasse. Darbishire disse que a única conclusão racional é que o caso foi movido por motivação política e, por isso, não tem base.

    Os juízes da Suprema Corte concordaram com os argumentos e alegaram que irão explicar suas razões para rejeitar o caso em uma ocasião posterior.

    (com Reuters)

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