Kamala contraria Netanyahu e afirma que morte de terrorista é chance de encerrar guerra
Primeiro-ministro de Israel afirma que a guerra continua após eliminação de líder islâmico
A vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou, nesta quinta-feira (17), que a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, é uma “oportunidade para pôr fim à guerra” na Faixa de Gaza.
Em discurso no campus universitário da Universidade de Wisconsin, em Milwaukee, onde estava em campanha, Harris disse que a guerra “deve terminar de tal forma que Israel esteja seguro, os reféns sejam libertados, o sofrimento em Gaza acabe e o povo palestino possa realizar o seu direito à dignidade, segurança, liberdade e autodeterminação. É hora de recomeçar”, prosseguiu.
Quando Kamala chegou ao campus, manifestantes contrários à guerra em Gaza protestaram contra a democrata e entoaram a frase “Palestina livre”.
O discurso de Kamala contraria a fala do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que em pronunciamento disse que “o mal foi atingido, mas que a guerra ainda não acabou”.
“A pessoa que esteve à frente do pior ataque contra judeus desde o Holocausto está morta”, disse o primeiro-ministro. “A morte de Sinwar é um marco e o declínio do mal.”
Israel divulgou a morte de Sinwar na manhã desta quinta-feira. Segundo o Exército israelense, o assassinato ocorreu numa batalha no sul da Faixa de Gaza.
O ministro das Relações Exteriores do país, Israel Katz, classificou o assassinato de Sinwar como uma “conquista militar e moral para o exército israelense”.
Sinwar foi o principal arquiteto do ataque do Hamas contra Israel, em 7 de Outubro de 2023, que resultou no assassinato de 1 200 israelenses e o sequestro de outros 251, precipitando a guerra em Gaza e a escalada dos conflitos em todo o Médio Oriente.