A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, recebeu uma boa notícia nesta terça-feira, 17, sobre o futuro da sua campanha presidencial para a Casa Branca. Uma pesquisa da Des Moines Register/Mediacom Iowa, uma das mais precisas da corrida presidencial americana, apontou que o ex-presidente Donald Trump está perdendo terreno em um estado que antes dominou com folga: Iowa, no centro-oeste dos EUA.
Ao que indica a sondagem, realizada antes da última aparente tentativa de assassinato contra Trump, o republicano conta com 47% das intenções de voto entre os eleitores de Iowa, contra 43% da democrata. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais. É um cenário muito diferente do testemunhado por Trump nas eleições de 2020, quando o magnata apresentava 7 pontos de vantagem na pesquisa para o mesmo estado.
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Desempenho em estados-pêndulo
Iowa não é considerado um estado chave, mas é capaz de trazer novas dores de cabeça ao ex-líder americano: se Kamala avançou em um reduto antes dominado por ele, o que esperar dos outros pontos do mapa dos EUA que foram conquistados a duras penas? A resposta pode não ser positiva para Trump, em um páreo acirradíssimo contra a aliada de Biden, seu antigo rival.
Nos chamados “swing-states”, os estados que variam entre democratas e republicanos, Trump também passa sufoco. Em Wisconsin, vizinho de Iowa, Harris recebeu o seu melhor feedback até o momento em uma sondagem da Marquette University Law School, que aferiu 52% para Kamala e 48% para Trump. O resultado foi similar em outros institutos, como Marquette, CBS News/YouGov e CNN/SSRS, que mostraram uma vantagem de 4 pontos para a ex-senadora — a título de comparação, Biden apresentou uma diferença ínfima de 0,6 pontos em 2020 no estado.
Para levar o pleito, Kamala precisa de pelo menos mais dois dos seis estados-pêndulos restantes. Pensilvânia, Michigan e Wisconsin eram todos redutos democratas até a vitória de Trump em 2016. O trio foi retomado por Biden quatro anos mais tarde. A nível nacional, ela aparece com cerca de 48% das intenções de voto, contra 43% do seu oponente, segundo um levantamento da emissora americana ABC News. Resta saber se Kamala repetirá os passos do seu antigo colega de chapa.