A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris visitará a fronteira entre os Estados Unidos e o México nesta sexta-feira, 26, durante sua estadia no Arizona, conforme anunciado pela Casa Branca. Esta será a primeira vez que Harris visita a polêmica fronteira sul desde que se tornou a candidata presidencial democrata.
Durante sua passagem por Douglas, Arizona, Harris abordará temas relacionados à segurança de fronteira, destacando seu empenho em promover “o plano bipartidário de segurança de fronteira mais robusto em uma geração” – uma regulação desenhada para aumentar o contingente de agentes na divisa que foi boicotada pelos republicanos, a pedido do ex-presidente Donald Trump, temeroso de que isso ajudasse a campanha democrata, segundo a mídia americana.
Um assessor de campanha da vice-presidente afirmou que o plano incluirá a contratação de novos agentes de fronteira e o uso de tecnologias avançadas para combater a entrada de fentanil, principal droga responsável pela epidemia de opioides nos Estados Unidos.
“Como ex-procuradora-geral de um estado de fronteira (Califórnia), ela enfrentou gangues internacionais e organizações criminosas envolvidas no tráfico de drogas, armas e seres humanos. Harris sempre defendeu um sistema de imigração que seja seguro, justo e organizado, em clara oposição às políticas divisivas e perigosas de Donald Trump”, acrescentou o assessor.
Questão polêmica
A imigração é um tema central nas eleições presidenciais de 2024. Trump, rival republicano de Harris, usa ataques à imigração ilegal como uma de suas principais bandeiras, criticando a vice-presidente por uma suposta abordagem de “fronteiras abertas”.
Recentemente, Harris disse à emissora americana CNN que faria pressão por uma legislação abrangente que tornaria mais rígida a migração para os Estados Unidos, prometendo “fazer cumprir nossas leis” contra travessias ilegais da divisa.
A imigração continua sendo uma questão importante para os eleitores. Cinquenta e quatro por cento dos entrevistados em uma pesquisa recente do New York Times/Siena College achavam que Trump faria um trabalho para controlar o fluxo, enquanto 43% indicaram Harris.
Em fevereiro, os republicanos do Senado rejeitaram um projeto de lei bipartidário relacionado à segurança da fronteira, sob a pressão de Trump. Tanto o presidente americano, Joe Biden, quanto Harris acusaram Trump de minar a medida para poder continuar usando a imigração como questão eleitoral em sua campanha.