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Kanye West gastou US$ 13,2 milhões em campanha fracassada à Presidência

Com resultado longe de fazer cócegas nos adversários e contra todas as expectativas da opinião pública, rapper já declarou participação em 2024

Por Da Redação Atualizado em 26 fev 2021, 11h35 - Publicado em 26 fev 2021, 11h24

O rapper Kanye West gastou mais de 13,2 milhões de dólares em sua campanha à Presidência dos Estados Unidos no ano passado, relatou a revista americana People na quarta-feira, 25. Desse total, 12,5 milhões saíram do próprio bolso do artista, que teve seu melhor resultado nos estados de Idaho, Oklahoma e Utah, com 0,4% dos votos em cada.

Kanye, de 42 anos, ainda conseguiu arrecadar outros 2 milhões de dólares para sua campanha, totalizando 14,5 milhões antes das eleições de 3 de novembro do ano passado. A campanha foi encerrada com cerca de 1,3 milhão na conta bancária.

O músico obteve 66 mil votos no país inteiro, segundo números da Comissão Eleitoral Federal, o que daria um investimento de 200 dólares por voto. Apesar do resultado longe de fazer cócegas nos adversários, o músico já declarou sua intenção de participar novamente do páreo em 2024.

Depois de anunciar a candidatura pelo Twitter em 4 de julho, dia da independência americana, West lançou-se na corrida presidencial contra todas as expectativas da opinião pública. A candidatura tardia o fez perder diversos prazos. Assim, West aparece na cédula de votação em apenas 12 dos 50 estados americanos e, em nenhum deles, chegou aos 0,5% — seu melhor desempenho foi em Idaho, Oklahoma e Utah, todos com vitória republicana, com 0,4% em cada.

Entre os gastos, mais de 7,5 milhões foram usados para que o nome de Kanye aparecesse nas cédulas de votação, incluindo 1,28 milhão pagos ao Atlas Strategy Group, companhia que pertence ao republicano Gregg Keller.

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Os dados também revelam que ele pagou 35 mil para que seu nome fosse incluído nas cédulas de Oklahoma, onde só recebeu 6 mil votos. Para efeito de comparação, o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, arrecadou mais de 1 bilhão de dólares na campanha eleitoral do ano passado. 

A ideia inicial do cantor era entrar no páreo em 2024, mas antecipou a investida para 2020 seguindo supostos “sinais divinos”. Chegou-se, inclusive, a cogitar que sua participação fosse uma estratégia para roubar votos de Biden e favorecer o ex-presidente Donald Trump, de quem é um ferrenho apoiador, na tentativa de reeleição do republicano. 

Kanye West e Donald Trump se cumprimentam na Casa Branca
Kanye West e Donald Trump se cumprimentam na Casa Branca (Andrew Harrer/Getty Images)
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A relação amigável entre Trump e o ex-marido da socialite Kim Kardashian não é segredo. Em 2018, durante um encontro na Casa Branca, o rapper, além de usar o tradicional boné vermelho adotado por apoiadores do então presidente, exibiu um pôster em que dizia: “Keep America Great #Kanye2024” (Mantenha a América ótima) insinuando uma possível continuação do governo Trump com ele no poder, em 2024.

Uma apuração dos jornais americanos The New York Times e Intelligencer revelou que seis pessoas trabalharam na campanha de Kanye West com relações estreitas com o partido republicano. Uma delas é a advogada Lane Ruhland, que trabalhou para a campanha de Trump em 2016 durante a recontagem de votos em Wisconsin e no ano passado representou o presidente americano em uma ação movida contra uma emissora de televisão.

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