O ditador norte-coreano Kim Jong-un ordenou que o exército de seu país “se prepare para a guerra” e voltou a ameaçar a Coreia do Sul com um ataque nuclear, em reação à cooperação entre Seul e os Estados Unidos. De acordo com a agência estatal KCNA, durante a tradicional reunião anual com o seu partido, em que define as diretrizes da Coreia do Norte para o próximo ano, Kim anunciou a fabricação de drones, o lançamento de três novos satélites espiões para o novo ano e o desenvolvimento das capacidades de guerra eletrônica. O anúncio foi feito neste domingo, 31.
Ainda no encontro, Jong-un também acusou os Estados Unidos de representarem uma ameaça militar e ordenou que o exército norte-coreano monitore de perto a segurança nacional e que “responda sempre com uma atitude arrasadora”. “Uma guerra pode explodir a qualquer momento na península devido aos movimentos temerários dos inimigos para nos invadir”, disse o ditador. “Devemos responder rápido a uma possível crise nuclear e continuar acelerando os preparativos para pacificar o território inteiro da Coreia do Sul, mobilizando todos os meios físicos e forças, incluindo a nuclear, em caso de emergência”, completou Kim. O ditador também reforçou que não pretende buscar reconciliação nem reunificação com a Coreia do Sul.
Aliados aos EUA, Coreia do Sul e Japão intensificaram a cooperação entre si e estão compartilhando dados em tempo real de lançamentos de mísseis da Coreia do Norte.
Em novembro, a cidade de Pyongyang lançou um satélite espião militar e afirma ter obtido imagens privilegiadas de instalações militares da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. O exército de Kim também já lançou seu míssil balístico intercontinental mais poderoso, o ICBM.
No início de dezembro, um submarino de propulsão nuclear dos EUA chegou ao porto sul-coreano de Busan, e Washington enviou bombardeiros de longo alcance para realizar treinamentos com Seul e Tóquio.