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Kim Jong-un tem encontro histórico com presidente sul-coreano

Reunião entre o ditador norte-coreano e Moon Jae-in acontece na área de segurança conjunta (JSA), no coração da fronteira entre as duas Coreias

Por Da redação
Atualizado em 26 abr 2018, 22h32 - Publicado em 26 abr 2018, 21h39
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  • O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente sul-coreano Moon Jae-in se reuniram nesta quinta-feira (26) na fronteira entre os dois países para um encontro histórico.

    Kim é o primeiro líder norte-coreano a cruzar a linha de fronteira e entrar no sul desde a Guerra da Coreia, há 65 anos. O encontro estava marcado para às 9h30 de sexta-feira no horário local (21h30 de quinta em Brasília).

    Após se cumprimentarem, Kim cruzou a pé a linha de demarcação militar que separa os dois países, de mãos dadas com Moon. Eles foram escoltados até a Casa da Paz de Panmunjom, edifício que abrigará a cúpula localizado na margem sul da fronteira intercoreana e onde foi assinado o armistício de 1953.

    Os dois líderes caminharam pelo longo tapete vermelho, enquanto eram recebidos no lado sul-coreano por uma guarda de honra vestida em trajes tradicionais. Eles posaram para fotos ao lado de crianças e cumprimentearam as delegações presentes no local.

    Após Kim Jong-un assinar o livro de convidados da Casa da Paz, ele e Moon entraram em uma sala de conferências com suas delegações para dar início às conversas. 

    Segundo a agência Reuters, o ditador norte-coreano escreveu “Uma nova história começa agora – era da paz, desde o ponto de partida da história”, na mensagem.

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    Kim e Moon começaram sua reunião formal às 10h15 (horário local, 22h15 de quinta-feira em Brasília) no segundo andar da Peace House

    Esta é a terceira reunião intercoreana, após os encontros celebrados em Pyongyang em 2000 e 2007, e marca um ponto de inflexão após a aproximação diplomática que se seguiu a um período de alta tensão na península.

    O tema do arsenal nuclear de Pyongyang está no centro da agenda da reunião, após o país obter um rápido progresso em sua tecnologia atômica sob o mandato de Kim, que herdou o poder de seu pai em 2011. A cooperação econômica entre as duas nações também pode ser discutida.

    No sábado, o líder norte-coreano anunciou a suspensão de seus testes nucleares e dos lançamentos de mísseis balísticos de longo alcance, afirmando que seu regime já cumpriu com seus objetivos.

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    A cúpula intercoreana preparar o palco para Kim se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no final de maio ou início de junho, no que será um primeiro encontro sem precedentes entre líderes em exercício dos dois países.

    Há alguns meses, Trump e Kim estavam trocando ameaças e insultos, e os rápidos avanços da Coreia do Norte na busca de mísseis nucleares capazes de atingir os EUA geravam temores de um novo conflito na península coreana.

    A Casa Branca liberou um comunicado sobre o encontro desta quinta-feira, no qual o governo americano afirma estar “esperançoso de que as negociações alcançarão progresso para um futuro de paz e prosperidade para toda a península coreana” e diz esperar que as conversas de hoje ajudem na preparação para o “encontro planejado entre o presidente Donald Trump e Kim Jong-un nas próximas semanas”.

    O local do encontro

    A área de segurança conjunta (JSA), no coração da fronteira entre as duas Coreias, é o único ponto onde soldados dos dois países ficam próximos.

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    Poucos locais no mundo viveram ao longo da história tantos episódios de tensão em uma área tão pequena. A JSA tem cerca de 800 metros de norte a sul e 400 metros de leste a oeste.

    O acampamento está justamente no meio da região desmilitarizada, o espaço de quatro quilômetros de largura e 238 quilômetros de comprimento que divide a península em duas. Ele foi construído após a assinatura do cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia, em 1953, e às vezes é chamado de Panmunjom.

    O nome, porém, não é o correto. Panmunjon, na realidade, era um pequeno povoado rural a cerca de um quilômetro da JSA onde a trégua que encerrou o conflito foi assinada.

    (Com AFP e Reuters)

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