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Kremlin contradiz EUA e afirma que paz na Ucrânia pode não ser alcançada rapidamente

Governo russo avalia que progressos céleres que Trump deseja são difíceis de alcançar

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 abr 2025, 10h16

O Kremlin afirmou nesta quarta-feira, 30, que o presidente russo, Vladimir Putin, está aberto à paz na Ucrânia e diplomatas trabalham intensamente com os Estados Unidos para chegar a um acordo de paz, mas que o conflito é tão complexo que o desfecho rápido almejado pelo presidente americano, Donald Trump, é difícil de alcançar, e as negociações podem não ser concluídas rapidamente.

Trump, no afã de ser lembrado como um grande pacificador, afirmou repetidamente que deseja encerrar logo o “banho de sangue” da guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Washington tem sinalizado frustração com a dificuldade de Moscou e Kiev em chegar a um acordo para encerrar o embate mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

“O presidente (russo) permanece aberto a métodos políticos e diplomáticos para resolver este conflito”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres, observando que Putin havia expressado disposição para abrir negociações diretas com a Ucrânia, mas que ainda não havia recebido uma resposta de Kiev.

“Entendemos que Washington está disposta a alcançar um sucesso rápido neste processo”, disse Peskov, “mas as causas da guerra na Ucrânia são complexas demais para serem resolvidas em um dia”, frisou.

Ele acrescentou ainda que, mesmo que a preferência da Rússia seja resolver a situação de forma pacífica, seus objetivos devem ser alcançados de uma maneira ou de outra.

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Impasses

Em março, Putin afirmou que a Rússia apoiava, em princípio, a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo na Ucrânia, mas que os combates não poderiam ser interrompidos até que uma série de condições cruciais fossem resolvidas ou esclarecidas.

Na segunda-feira, Putin declarou um cessar-fogo de três dias em maio, para coincidir com o 80º aniversário da vitória da União Soviética sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apoiou um cessar-fogo incondicional e afirmou que só seria possível avançar nas negociações se a Rússia desse o primeiro passo.

Na terça-feira 29, Trump disse acreditar que Putin deseja encerrar o conflito, após expressar dúvidas, na direção contrária, durante o final de semana. (Mas acrescentou que, se não fosse por ele, a Rússia tentaria tomar toda a Ucrânia.) Seu secretário de Estado, Marco Rubio, por sua vez, declarou que agora é o momento para Moscou e Kiev apresentarem propostas concretas de paz, alertando que os Estados Unidos deixarão de intermediar as negociações se não houver progresso.

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