Uma pessoa tentou roubar o corpo de Kim Jong-nam, meio-irmão do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, sem sucesso, do necrotério do hospital onde se encontra na Malásia. As informações são da polícia do país asiático, que afirmou saber a identidade do ladrão, mas que ainda não a divulgou para a imprensa.
Sobre a investigação do assassinato de Jong-nam no aeroporto de Kuala Lumpur, a polícia malaia informou que um diplomata da Coreia do Norte está entre os suspeitos de participação no crime ocorrido no dia 13 de fevereiro. Hyon Kwang Song é segundo secretário da embaixada de Pyongyang na capital malaia e seria o “supervisor” do crime. Em coletiva de imprensa, o chefe da Polícia local, Khalid Abu Bakar, disse que não é possível afirmar que o regime de Kim Jong-un está por trás do homicídio, mas ressaltou que é “certo” que houve a participação de norte-coreanos.
Até o momento, quatro suspeitos foram presos, sendo uma indonésia, uma vietnamita, um malaio e um homem da Coreia do Norte. Outros sete cidadãos de Pyongyang são investigados: quatro deles fugiram para seu país e tiveram a extradição solicitada pela Malásia, e três estão desaparecidos, incluindo Song e um funcionário da companhia aérea de bandeira Air Koryo.
O assassinato — O crime foi executado por duas mulheres — supostamente a indonésia e a vietnamita presas —, que teriam aplicado uma toxina venenosa no rosto de Kim Jong-nam. O ataque ocorreu no aeroporto de Kuala Lumpur e foi flagrado pelas câmeras de segurança do local.
O meio-irmão de Kim Jong-un era fruto da relação entre seu pai, Kim Jong-il (1941-2011), e uma atriz. Ele chegou a ser considerado o possível sucessor do “querido líder”, mas nunca demonstrou interesse pela política e caiu em desgraça em 2001, ao tentar entrar no Japão com um passaporte falso.
(Com ANSA)