O líder da oposição na Rússia, Alexei Navalny, publicou em seu blog que o presidente Vladimir Putin, financia o regime de Nicolás Maduro. De acordo com suas informações, 8,8 bilhões de dólares do governo russo foram destinados à Venezuela desde 2011, por meio de empréstimos e repasses.
“Eles (os membros do governo russo) que digam o que quiserem, mas todos entendemos que se tratam de empréstimos a fundo perdido para o regime de Maduro“, escreveu Navalny. Em 2011, a Rússia concedeu 2,8 bilhões de dólares (cerca de 8,9 bilhões de reais) à Venezuela que deverão ser pagos até 2019.
O líder da oposição expressou em sua página que acredita que Moscou não irá recuperar esse dinheiro. “A Audiência de Contas disse oficialmente que esse crédito já nos gerou perdas de 54 bilhões de rublos (aproximadamente 2,8 bilhões de reais)“, completou o líder opositor.
Além dos empréstimos fornecidos pelo governo, Navalny diz que a petroleira estatal russa, Rosneft, repassou à Venezuela cerca de 6 bilhões de dólares (cerca de 19 bilhões de reais). A verba foi transferida como um adiantamento pelo fornecimento de petróleo até 2019.
O presidente da Rosneft, Igor Sechin, justificou o repasse e disse que a Venezuela possui uma das maiores reservas do mundo, por isso, a empresa não deixará o país. “Como eu sempre disse, nunca sairemos de lá e ninguém poderá nos tirar”, disse Sechin antes de antecipar o dinheiro à Caracas.
Nalvany pretende ser candidato à presidência no próximo ano, apesar das autoridades terem proibido que ele dispute o pleito por causa de seus antecedentes criminais. O líder da oposição publica constantemente em seu blog informações contra o governo russo.
Outras garantias
A ajuda de Putin à Venezuela não se resume a créditos e adiantamentos. Autoridades russas anunciaram nesta quarta-feira o envio da primeira carga de 30,5 mil toneladas de grãos ao país. O envio partirá do porto de Novorossiysk, no sul da Rússia.
É a primeira vez que a Rússia exporta grãos para o país latino-americano, que tradicionalmente compra esse produto dos Estados Unidos e do Canadá.
(Com agência EFE)