Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

Líderes árabes se reúnem para montar contraproposta aos planos de Trump para Gaza

Plano apresentado pelo Egito exclui a expulsão dos palestinos e o controle do Hamas sobre a região

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 mar 2025, 14h51

Em meio à incerteza sobre a continuidade do cessar-fogo entre Israel e Hamas, líderes árabes se reuniram no Cairo nesta terça-feira, 4, para discutir uma solução alternativa para Gaza, em resposta à proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de expulsar a população palestina e transformar o território no que ele chamou de uma “Riviera”. Embora as negociações de paz estejam estagnadas, a cúpula tem como objetivo buscar um caminho mais sustentável para o futuro dos palestinos.

O encontro, promovido pelo presidente egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi, contou com representantes de países como Catar, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, além do secretário-geral da ONU, António Guterres. O plano proposto pelo Egito, com custo estimado em US$ 53 bilhões, visa reconstruir Gaza até 2030, excluindo a remoção dos palestinos e priorizando uma reconstrução inclusiva e uma paz duradoura.

O plano inicial propõe a criação de um governo interino composto por um comitê técnico e independente, sem vínculos com facções palestinas. Este comitê, sob a supervisão da Autoridade Palestina, administraria Gaza por um período inicial de seis meses, com apoio de países árabes como Egito e Jordânia, que se comprometeriam a treinar forças de segurança locais.

A proposta também inclui a remoção de milhões de toneladas de escombros, a construção de unidades habitacionais temporárias para abrigar cerca de 1,5 milhão de palestinos deslocados e a criação de zonas industriais e agrícolas, com ênfase em sustentabilidade e energia renovável.

O plano exigiria que o Hamas libertasse metade dos reféns israelenses restantes, a principal moeda de troca do grupo militante, em troca de uma extensão do cessar-fogo e a promessa de negociar uma trégua duradoura. No entanto, Israel não mencionou a libertação de mais prisioneiros palestinos, um componente-chave da primeira fase do acordo.

Continua após a publicidade

O sucesso da proposta depende de questões políticas complexas, como a restauração da governança palestina e a eliminação das facções armadas. Israel descartou qualquer papel para a Autoridade Palestina em Gaza e, junto com os Estados Unidos, exigiu o desarmamento do Hamas.

A cúpula ocorre em um momento delicado, com o cessar-fogo de seis semanas entre Israel e Hamas já expirado. As negociações entre as partes estão estagnadas, e a possibilidade de uma nova escalada de violência é iminente. A suspensão da ajuda humanitária por Israel, em resposta à falta de progresso nas negociações, gerou críticas de países árabes, que acusam Israel de usar a fome como arma.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.