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Líderes do Hamas se reúnem para discutir proposta de Trump para cessar-fogo em Gaza

Grupo palestino afirma querer garantias concretas de um fim permanente da guerra, enquanto Netanyahu se prepara para encontro com presidente dos EUA

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 jul 2025, 09h05

Líderes do Hamas se reuniram em Istambul, na Turquia, na quinta-feira 3 para discutir uma proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início da semana. Segundo o americano, Israel já deu seu OK para o acordo, mas fontes próximas ao grupo palestino disseram à agência de notícias Reuters que seus membros buscam garantias mais fortes de que qualquer pausa nas hostilidades levaria ao fim permanente da guerra de 20 meses.

Depois da reunião em Istambul, o Hamas emitiu um comunicado confirmando que estavam conversando com outras “facções palestinas” antes de anunciar uma resposta formal sobre a proposta.

Hamas enfraquecido

O grupo islâmico está sob imensa pressão há alguns meses e, nos últimos dias, Israel intensificou sua ofensiva, lançando uma intensa onda de ataques aéreos ao enclave, que matou mais de 250 palestinos, incluindo mulheres e crianças, de acordo com autoridades médicas e de defesa civil.

Com a liderança militar dizimada, combatentes foram forçados pelo Exército isralense a deixar antigos redutos nas regiões sul e central de Gaza e passaram a atuar de forma descentralizada, com ordens para apenas resistir o máximo possível. Além das divisões internas, o Hamas encara incertezas quanto ao futuro do apoio de Teerã. Saeed Izadi, comandante da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) responsável pela coordenação com os palestinos, foi assassinado num ataque durante a guerra aérea de doze dias entre Israel e Irã, o que deve abalar o fornecimento de recursos e treinamento militar para o grupo em Gaza.

Facções linha-dura dentro do Hamas aceitaram relutantemente a necessidade de um cessar-fogo para permitir que a organização se reagrupe e planeje uma nova estratégia, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

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Desde março, quando a trégua que estava em vigor caiu, mais de 6 mil pessoas foram mortas em Gaza e uma grave crise humanitária se agravou.

Anúncio de cessar-fogo

O impulso para assinar um novo acordo e pausar hostilidades ganhou força depois que os Estados Unidos garantiram uma trégua para encerrar o conflito de doze dias entre Israel e o Irã no mês passado. Na terça-feira, Trump anunciou que o Estado judaico havia aceitado as condições necessárias para um cessar-fogo de 60 dias, durante o qual os dois lados negociarão para encerrar a guerra em definitivo.

Quando questionado na quinta-feira se o Hamas havia concordado com o mais recente acordo de cessar-fogo, o presidente americano disse: “Veremos o que acontece, saberemos nas próximas 24 horas.”

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve viajar para Washington no domingo, 6, para conversar com Trump sobre a guerra em Gaza, a recente guerra entre Israel e o Irã e outras questões sobre o Oriente Médio. Bibi, porém, há muito tempo resiste ao fim permanente do conflito, em parte para preservar o apoio dos partidos de extrema direita que sustentam sua coalizão. Mas os sucessos de Israel na guerra com o Irã fortaleceram sua posição política, e pesquisas de opinião entre israelenses mostram forte respaldo a um acordo.

Um alto funcionário israelense disse ao Canal 12, uma importante rede de TV em Israel: “A julgar pelos sinais do Hamas, há uma alta probabilidade de iniciarmos negociações de proximidade nos próximos dias. Se houver consentimento para negociações de proximidade, haverá um acordo.”

Outras autoridades em Tel Aviv disseram à Reuters que há preparativos em andamento para aprovar o cessar-fogo e que uma delegação israelense vai participar de negociações indiretas mediadas pelo Catar e pelo Egito para consolidar o acordo, caso o Hamas responda positivamente.

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Termos da trégua

A proposta inclui a libertação de dez reféns israelenses vivos, mantidos em Gaza desde o ataque do Hamas ao sul de Israel em outubro de 2023, que desencadeou o conflito, e a devolução dos corpos de mais dezoito. Em troca, prisioneiros palestinos mantidos em prisões israelenses serão soltos.

O Hamas capturou 251 reféns durante o ataque de 2023. Acredita-se que menos da metade dos 50 que permanecem em Gaza estejam vivos.

Além disso, haveria a entrada imediata de ajuda humanitária em Gaza, e o exército israelense realizaria uma retirada gradual de partes do território, de acordo com a proposta. As negociações para um cessar-fogo permanente começariam instantaneamente.

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