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Lojas do Irã fecham após manifestantes convocarem greve contra o regime

Judiciário do Irã disse os comerciantes foram obrigados a fechar por conta de 'desordeiros' que serão capturados e punidos rapidamente

Por Da Redação
5 dez 2022, 10h47
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  • Lojas iranianas fecharam suas portas em várias cidades do país nesta segunda-feira, 5, após apelos de manifestantes para uma greve geral de três dias pedindo a queda dos governantes clericais. 

    O Irã enfrenta uma onda de protestos há quase três meses, desde a morte de Mahsa Amini, sob custódia da polícia da moralidade. A jovem curda foi presa por não usar corretamente o hijab, lenço islâmico que cobre a cabeça e cabelos. Segundo analistas, esta é a maior demonstração contra a República Islâmica desde a revolução de 1979.

    + Irã anuncia fim da polícia moral, após série de manifestações

    A página do Twitter 1500tasvir, que compartilha imagens dos protestos desde setembro, mostrou várias lojas fechadas em locais importantes do país, como o bazar da capital e outras grandes cidades como Karaj, Isfahan, Mashhad, Tabriz e Shiraz.

    O grupo de direitos curdo iraniano Hengaw disse que 19 cidades se juntaram ao movimento de greve geral no oeste do Irã, onde vive a maior parte da população curda do país. De acordo com a agência de notícias Fars, uma joalheria pertencente ao ex-jogador de futebol Ali Daei foi lacrada pelas autoridades após sua decisão em aderir à greve.

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    No último final de semana, o procurador-geral iraniano, Hojatolislam Mohammad Jafar Montazari, anunciou o fim da polícia moral após mais de dois meses e meio de protesto. No entanto, a informação não foi confirmada pelo Ministério do Interior e a mídia estatal disse que a força está fora da jurisdição do procurador. 

    Nesta segunda, a agência de notícias iraniana Tasnim informou que um parque de diversões em um shopping center foram fechados pelo judiciário porque as funcionárias não estavam usando o hijab de maneira correta. O jornal de tendência reformista Hammihan disse que a polícia moral aumentou sua presença em cidades fora de Teerã, onde a sua força esteve menos ativa nas últimas semanas. 

    Em resposta à greve, o chefe do judiciário do Irã, Gholamhossein Mohseni Ejei, disse que “desordeiros” eram responsáveis pelo fechamento das lojas, pois estavam obrigando os comerciantes a se protegerem de tumultos. Ele informou ainda que os órgãos de segurança agiriam contra os manifestantes rapidamente e que todos os que foram condenados à morte serão executados em breve.

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    + Polícia iraniana atira contra população em estação de trem em Teerã

    A Guarda Revolucionária do Irã emitiu um comunicado elogiando o poder judiciário e instando-o a emitir um julgamento rápido e decisivo contra “réus acusados ​​de crimes contra a segurança da nação e do Islã”. A nota termina dizendo que as forças de segurança não mostrariam misericórdias contra bandidos, desordeiros e terroristas. 

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