Los Angeles prevê confinamento por coronavírus até julho
Administração diz, porém, que as medidas podem ser relaxadas antes caso uma vacina ou tratamento esteja disponível ou casos caiam drasticamente
A prefeitura de Los Angeles, nos Estados Unidos, anunciou na terça-feira 12 que o confinamento na cidade pode se estender até o final de julho. A decisão pode ser revertida se o número de casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, cair drasticamente ou se uma vacina ou um tratamento forem encontrados.
Barbara Ferrer, diretora do departamento de Saúde Pública, fez a projeção durante uma reunião com a Junta de Supervisores, máxima autoridade do condado. Ferrer disse que o fechamento do condado será mantido de alguma forma “durante os próximos três meses”, a menos que ocorra uma “mudança drástica” no combate ao vírus.
Ela advertiu, ainda, que se forem suspensas as restrições rápido demais o número de mortes pode aumentar e obrigar a endurecê-las novamente.
“Literalmente, metade dos casos e metade das mortes (no estado) estão ocorrendo no condado de Los Angeles agora mesmo”. A cidade registra 32.258 casos positivos e 1.569 mortos, dos 68.000 infectados e quase 2.800 falecimentos na Califórnia.
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Clique e AssineFerrer não deu detalhes sobre quais restrições poderiam permanecer até julho, embora já tenham sido suspensas algumas que vigoravam, como por exemplo proibição de realização de trilhas e fechamento de parques e campos de golfe. Algumas lojas não essenciais também começaram a operar parcialmente.
A Califórnia começou a relaxar as restrições impostas em março para deter a pandemia. Seu governador, Gavin Newsom, informou, no entanto, que os condados terão a última palavra sobre as medidas para mitigar o vírus.
O prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, entretanto, disse que a fala de Ferrer não deve ser vista como uma previsão de que todos os moradores terão que permanecer trancados em casa durante o verão.
“Acho que simplesmente (ela) está dizendo que não vamos reabrir completamente Los Angeles – como provavelmente o restante dos Estados Unidos – sem nenhuma proteção ou alguma ordem de saúde nos próximos três meses”, disse à emissora CNN.
Com 1,3 milhões de casos e 82.389 mortos, os Estados Unidos são o país mais atingido pela pandemia de Covid-19. No mundo, a doença infectou 4,2 milhões de pessoas e matou 292.619, segundo levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins.
(Com AFP)