Los Lobos: facção reivindica autoria da morte de candidato no Equador
Grupo de mais de 8 mil criminosos está envolvido com o tráfico internacional de cocaína e acusou Fernando Villavicencio de não ter 'cumprido promessas'
Em um vídeo divulgado no Twitter, um grupo de homens encapuzados e armados reivindicou nesta quinta-feira, 10, a responsabilidade pelo assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador. O político foi morto a tiros na véspera, após um evento de campanha em uma escola na capital, Quito.
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A facção criminosa conhecida como Los Lobos é considerada a segunda maior do país, com cerca de 8 mil pessoas. O grupo é dissidente de outra facção, Los Cocheros, que por sua vez é braço do Cartel de Sinaloa.
No vídeo, os homens assumem a autoria do ataque a Villavicencio e o acusam de ter feito um acordo com o crime organizado e não ter cumprido suas promessas.
“Queremos deixar claro para todos que cada vez que políticos corruptos não cumprirem com suas promessas antes estabelecidas, quando receberem nosso dinheiro – que são milhões de dólares –, para financiar suas campanhas, serão executados”, diz um porta-voz rodeado de outros criminosos vestidos de preto, segurando armas de fogo e com balaclavas cobrindo o rosto.
Los Lobos se atribuyen el asesinato del candidato Fernando Villavicencio. Es la segunda banda criminal de Ecuador, responsable de la espiral de violencia en las prisiones y con conexiones con el cártel de Jalisco y las mafias dedicadas al tráfico de drogas en los Balcanes pic.twitter.com/dIFqWqZWdF
— Sandro Pozzi (@sandro_pozzi) August 10, 2023
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Na mesma gravação, o grupo ameaça outro presidenciável, Jan Topic.
“Isso se repetirá quando os corruptos não cumprirem suas palavras. Você também, Jan Topic”, diz o porta-voz.
O atentado aconteceu 11 dias antes das eleições gerais do Equador, que decretou estado de emergência em meio a uma onda de violência que afeta várias partes do país sul-americano.
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Envolvidos com o tráfico internacional de cocaína, o grupo Los Lobos também esteve por trás de mortes brutais dentro de presídios no Equador recentemente. Em maio do ano passado, essa facção foi responsável por uma rebelião que deixou 43 mortos em um presídio de Santo Domingo.