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Lula critica ‘tirania do veto’ na ONU e volta a falar de ‘genocídio’ em Gaza

Declaração foi realizada na Conferência Internacional de Alto Nível, em Nova York

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 set 2025, 17h56 - Publicado em 22 set 2025, 17h38

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira, 22, que a “tirania do veto” contraria a “razão de ser da ONU”, em crítica indireta aos Estados Unidos, que bloquearam todas as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre Gaza. A declaração foi realizada na Conferência Internacional de Alto Nível, em Nova York, um dia antes do início da reunião de alto nível da Assembleia Geral da ONU.

“Naquela ocasião, nasceu a perspectiva de dois Estados, mas só um se materializou. O conflito entre Israel e Palestina é símbolo maior dos obstáculos enfrentados pelo multilateralismo. Ele mostra que a tirania do veto sabota a própria razão de ser da ONU, de evitar que atrocidades como as que motivaram a sua fundação se repitam”, disse ele, em referência à Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Um Estado se assenta sobre três pilares: território, população e governo. Todos têm sido sistematicamente solapados no caso palestino. Como falar em território diante de uma ocupação ilegal que cresce a cada novo assentamento? Como manter uma população diante da limpeza étnica a que assistimos em tempo real? E como construir um governo sem ponderar a Autoridade Palestina?”, acrescentou Lula.

No discurso, o petista também afirmou que “não há palavra mais apropriada para se descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio”. Mais de 45 mil palestinos foram mortos — entre eles, 440 por fome, incluindo 144 crianças — desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro de 2025. Lula disse que, em meio à escalada de violência, o Brasil decidiu aderir ao caso apresentado pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça (CIJ).

O líder brasileiro também destacou que “os atos terroristas cometidos pelo Hamas são inaceitáveis” e que “o Brasil foi enfático ao condená-los”, mas contrapôs que “o direito de defesa não autoriza a matança indiscriminada de civis”, afirmando: “Nada justifica tirar a vida ou mutilar mais de 50 mil crianças. Nada justifica destruir 90% dos lares palestinos. Nada justifica usar a fome como arma de guerra, nem alvejar pessoas famintas em busca de ajuda”.

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“A fome não atinge apenas o corpo, ela estilhaça a alma. O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas uma tentativa de aniquilamento de seu sonho de nação”, continuou. “Tanto Israel, quanto a Palestina têm o direito de existir. Trabalhar para efetivar o Estado palestino é corrigir uma assimetria que compromete o diálogo e obstrui a paz. Saudamos os países que reconheceram a Palestina, como o Brasil fez em 2010. Já somos a imensa maioria dos 193 membros da ONU.”

+ França anuncia reconhecimento de Estado palestino e diz que ‘chegou hora de pôr fim à guerra’

Reconhecimento da Palestina

Israel sofre pressão da comunidade internacional. No domingo, 21, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou o reconhecimento do Estado da Palestina para “reviver a esperança de paz entre palestinos e israelenses, e uma solução de dois Estados”. A notícia foi celebrada pelo embaixador da Palestina, Husam Zomlot, que destacou que a legitimação ocorre “em meio ao genocídio em curso por Israel em Gaza e à limpeza étnica na Cisjordânia”.

O Canadá seguiu os passos do Reino Unido. Nas redes sociais, o primeiro-ministro Mark Carney afirmou que “o Canadá reconhece o Estado da Palestina e oferece sua colaboração para construir a promessa de um futuro pacífico, tanto para o Estado da Palestina como para o Estado de Israel”. Com isso, Ottawa e Londres tornam-se os primeiros membros do G7, grupo que reúne os países mais industrializados do mundo, a validar o Estado palestino.

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A Austrália “reconheceu formalmente o independente e soberano Estado da Palestina” e “reconhece as aspirações legítimas e antigas do povo palestino de ter um Estado próprio”, disse o primeiro-ministro Anthony Albanese ainda no domingo, 21, acompanhando os outros dois países. Portugal também fez o anúncio e salientou que “o reconhecimento do Estado da Palestina é a concretização de uma linha fundamental, constante e essencial da política externa portuguesa”.

Após a decisão dos quatro países, o presidente da francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta segunda-feira, 22, o reconhecimento oficial por parte da França do Estado da Palestina, fazendo um apelo geral: “Chegou a hora de pôr fim à guerra, aos bombardeios em Gaza, aos massacres e à fuga da população. Chegou a hora pois a emergência está em toda parte. Chegou a hora da paz porque estamos a momentos de não conseguir mais compreendê-la”. Mais de 140 países-membros da ONU, incluindo o Brasil, já reconhecem o Estado da Palestina.

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