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Lula faz alerta sobre avanço da ultradireita e pede autocrítica da esquerda em evento na ONU

Presidente participou de reunião com líderes do Chile, Espanha, Colômbia e Uruguai para discutir a defesa da democracia e o combate ao extremismo

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 set 2025, 15h35 - Publicado em 24 set 2025, 15h17

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta quarta-feira, 24, uma autocrítica ao analisar o avanço da extrema direita no mundo. Durante a segunda edição do encontro “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, realizado em Nova York à margem da Assembleia Geral da ONU, Lula afirmou que líderes progressistas falharam ao se afastar da sociedade civil, abrindo espaço para o discurso radical — em um aceno claro à esquerda mundial.

“Temos que responder: onde é que os democratas erraram? Em que momento a esquerda errou? Por que permitimos que a extrema direita crescesse com tanta força? É virtude deles ou incompetência nossa?”, questionou. O evento foi articulado pelo próprio Lula e pelos presidentes Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandú Orsi (Uruguai). Todos estão em Nova York para a 80ª Assembleia Geral da ONU, aberta na terça-feira, 23, com discurso do brasileiro.

Para o petista, o distanciamento entre governantes e suas bases populares é um dos erros mais graves. “Ganhamos com discurso de esquerda, mas passamos a atender mais aos interesses dos adversários e do mercado do que aos dos que foram para as ruas, apanharam e foram achincalhados. Esses, muitas vezes, passam a ser vistos como radicais”, disse. Ele completou em tom autocrítico: “Antes de procurar a virtude da extrema direita, temos que encontrar os erros que nós, democratas, cometemos.”

Reunião sem os EUA

Cerca de 30 países enviaram representantes ao encontro, que busca promover cooperação internacional contra a deterioração das instituições, a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade social. Diferentemente de 2024, quando os Estados Unidos de Joe Biden foram convidados, desta vez o país ficou de fora. Com Donald Trump de volta à Casa Branca, a participação sequer foi cogitada.

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Além de líderes latino-americanos, participaram representantes de países como Albânia, Senegal, Guatemala, Bolívia, Cabo Verde e da União Europeia. A iniciativa reforça a estratégia do governo brasileiro de assumir protagonismo internacional na defesa da democracia. Em seu discurso oficial na Assembleia Geral, Lula já havia alertado que “a democracia é o que está em jogo para o futuro da humanidade”.

Lula e Trump

Apesar da distância ideológica, Trump mencionou Lula em sua fala na ONU, relatando um breve contato entre os dois e antecipando uma conversa prevista para a próxima semana, possivelmente por telefone ou videoconferência. “Por 39 segundos tivemos uma ótima química, e isso é um bom sinal”, afirmou o republicano.

Os respectivos governos articulam uma reunião entre os líderes na semana que vem. O Itamaraty, porém, trata a aproximação com cautela para evitar constrangimentos como os sofridos por outros chefes de Estado em reuniões anteriores com o americano.

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