Lula marca próxima viagem internacional – e Janja não fica de fora
Viagem marcará 130 anos das relações diplomáticas entre Japão e Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará uma visita de Estado ao Japão entre 25 e 26 de março, anunciou o Ministério das Relações Exteriores (MRE) nesta sexta-feira 14. Dessa vez, ele será acompanhado pela primeira-dama Janja Lula da Silva. A viagem marcará os 130 anos das relações diplomáticas entre os dois países e trata-se da primeira visita de Estado organizada pelo Japão desde 2019.
Lula e Janja serão recebidos pelo imperador Naruhito e a imperatriz Masako no Palácio Imperial, em Tóquio, capital japonesa. Lula também participará de uma reunião com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba.
O Japão é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil na Ásia e terceiro maior destino de exportações brasileiras à região, segundo o governo brasileiro, com base em dados de 2024. O intercâmbio comercial Japão-Brasil atingiu a marca de 11 bilhões de dólares, com superávit de 148 milhões de dólares no ano passado.
“As relações entre Brasil e Japão são tradicionais e produtivas, sustentadas por laços humanos singulares. O Brasil abriga a maior comunidade nipo-descendente fora do Japão, estimada em mais de 2 milhões de pessoas, com atuação expressiva nos setores do agronegócio, da indústria e da cultura, entre outras. Já o Japão abriga a quinta maior comunidade brasileira no exterior, com cerca de 211.000 brasileiros”, disse o Itamaraty em comunicado.
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Acordos de cooperação
Em maio do ano passado, Lula recebeu o então primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, em Brasília. Na ocasião, eles debateram “investimentos e cooperação em comércio exterior, transição energética, agropecuária sustentável e recuperação de terras degradadas” durante uma reunião bilateral, que terminou com a assinatura de 38 memorandos de cooperação.
“O Brasil é um país que oferece todas as possibilidades na construção de parceria entre empresários brasileiros e empresários japoneses. Eu digo todo dia que para nós, brasileiros, o comércio bom não é só aquele que você ‘só vende’ — e que você não compra nada. O comércio bom é aquele que é uma via de duas mãos. Você vende e você compra”, afirmou o petista na época.
Em agosto, Kishida anunciou sua renúncia após escândalos políticos em sua legenda, o Partido Liberal Democrático (PLD), e uma crise inflacionária que aumentou o custo de vida, combinação que produziu ampla insatisfação entre a população.