Lula vai anunciar projeto de infraestrutura para integração sul-americana
Bancos de desenvolvimento regional, como BID e BNDES, vão investir em rede de rotas de integração e desenvolvimento na América do Sul
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se prepara para anunciar nesta quinta-feira, 7, na cúpula dos chefes de Estado do Mercosul, no Rio, uma iniciativa conjunta para fornecer apoio financeiro e técnico a projetos estratégicos de infraestrutura nesta quinta-feira, 7, durante o encontro de chefes de Estado do Mercosul. O objetivo do acordo é constituir uma rede de rotas de integração e desenvolvimento sul-americano.
Chamado de “Rotas para a Integração”, a declaração vai envolver Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o CAF-Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco de Desenvolvimento (FONPLATA) e o ministério brasileiro do Planejamento e Orçamento. As instituições financeiras vão disponibilizar recursos voltados para a apoiar a integração da América do Sul.
Estratégia
O Brasil participou das negociações da iniciativa dos bancos de desenvolvimento regional e apresentou um relatório que, a partir de consulta aos estados fronteiriços e das obras do Novo PAC, identificou cinco rotas de integração. Agora essas rotas devem ser debatidas com os países vizinhos.
O foco do projeto são projetos estratégicos de infraestrutura de integração, incluindo o apoio por linhas de financiamento ou estruturação dos planos. A Rotas par a Integração também poderá promover o financiamento de iniciativas de integração nas áreas social, ambiental e institucional.
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Reunião do Mercosul
Lula está em reunião com os presidentes da Argentina, Alberto Fernández, Paraguai, Santiago Peña, e Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, no Rio de Janeiro nesta quinta-feira. Durante o seu discurso de abertura, ele dedicou boa parte da sua fala para homenagear Fernández, que vai ser substituído pelo candidato da extrema direita eleito Javier Milei.
A reunião do grupo deve discutir a questão da região de Essequibo, território da Guiana que a Venezuela declarou que vai anexar. Além disso, a adesão da Bolívia, o recém assinado acordo comercial com Singapura, e o acordo de livre-comércio com a União Europeia devem ser pauta. Ao final do encontro, Lula vai passar a liderança rotativa do grupo ao governo paraguaio.