Macri afirma que Argentina não reconhecerá eleições na Venezuela
O presidente argentino afirmou que "há um processo político sem garantias mínimas.", e que o resultado da eleição não será aceito por não ser democrático
A Argentina desconhecerá qualquer eleição que surja da convocação feita pelo governo da Venezuela, segundo garantiu neste sábado o presidente da Argentina, Mauricio Macri, durante sua participação na plenária da 8ª Cúpula das Américas em Lima.
“Não podemos olhar para o outro lado, onde há um processo político sem garantias mínimas. Vamos desconhecer qualquer eleição que surja de um processo deste tipo, porque não é eleição democrática”, declarou Macri.
Além disso, o presidente argentino convocou seus colegas da região a “trabalhar juntos em uma saída democrática e pacífica para a Venezuela”.
Macri também pediu ao governante venezuelano, Nicolás Maduro, que “deixe de negar a realidade e aceite a colaboração internacional que permita superar a crise humanitária que tem se tornado insustentável”.
Nesse sentido, o presidente argentino propôs que a cúpula não seja “um exercício de recriminações e retornemos conformados com que os restantes são os responsáveis”.
“Façamos com que faça sentido e que sejamos capazes de olhar para frente”, acrescentou.
Com relação à luta contra a corrupção no seu país, Macri disse que estão promovendo um Estado aberto para o século XXI, com dados públicos abertos e canais de participação popular para saber como o dinheiro dos contribuintes é gasto.
“Estas mudanças não são fáceis, muitos querem evitar a transparência no Estado e apostam na impunidade”, considerou.
Macri participa hoje na sessão plenária que reúne 18 líderes e primeiros-ministros em Lima na 8ª Cúpula das Américas para fechar acordos e medidas contra a corrupção nos sistemas democráticos.