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Macri congela salários de funcionários e enxuga máquina pública

Presidente argentino quer reduzir estrutura hierárquica para economizar e evitar escândalos de corrupção

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 30 jan 2018, 17h12 - Publicado em 30 jan 2018, 09h54
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  • O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou na segunda-feira um plano de cortes dentro da estrutura do Estado que inclui a redução de 1.000 postos de trabalho, o congelamento do salários de servidores da alta hierarquia e a demissão de familiares de ministros com cargos no governo.

    A medida implicará uma economia para os cofres públicos de  1,5 bilhão de pesos (242 milhões de reais), justamente no momento em que a popularidade do presidente se desgasta à medida que sobem os preços dos combustíveis, de transportes e de serviços públicos. “Se os argentinos têm de economizar, nós que somos parte da política temos de redobrar o esforço e dar o exemplo”, afirmou Macri, durante evento na Casa Rosada.

    A reforma consiste na redução de 25% dos cargos comissionados da administração pública nacional. Funcionários de maior hierarquia – ministros, secretários e subsecretários – também não terão aumento de salários este ano, apesar de haver lei que garanta ganho porcentual para estes cargos.

    Em uma resolução mais política que econômica, Macri disse também que firmará um decreto pelo qual nenhum ministro poderá ter familiares designados na administração pública. Com esta decisão, ele busca amenizar o impacto negativo que teve para o governo o escândalo que envolveu o ministro do Trabalho, Jorge Triaca, após a difusão de um áudio no qual o funcionário insultou e despediu sua empregada doméstica, que não estava registrada ante o fisco.

    Triaca tem também sua esposa, duas irmãs e um cunhado ocupando postos em distintas dependências do Estado. “Sei que com esta medida vamos perder colaboradores muito valiosos da equipe e isso me dá muita pena, porém sempre dissemos que queríamos fazer um país mais transparente”, afirmou Macri.

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    Essas foram as primeiras decisões oficiais de Macri após voltar neste domingo de uma viagem internacional por Rússia, Suíça e França, na qual se reuniu com autoridades políticas e empresários da Europa. Durante o tour, assegurou ter sentido um “enorme orgulho” pelo “interesse” que a Argentina desperta agora no exterior.

    “Estamos transformando-nos para crescer e ser realmente a geração que mude a Argentina para sempre”, declarou antes de afirmar que todos os governantes estão se dando conta que “a mudança veio para valer “.

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