O candidato independente à presidência francesa Emmanuel Macron afirmou, durante o debate desta quarta-feira, que sua rival Marine Le Pen levaria a França “a uma guerra civil”. Segundo Macron, a candidata de extrema direita deveria tomar cuidado, porque isso é “exatamente o que os extremistas islâmicos querem”.
A acusação aconteceu durante a discussão sobre terrorismo no debate. Le Pen, por sua vez, acusou Macron de não querer combater o terrorismo, “porque para isso precisa restabelecer as fronteiras”. Ela listou como suas prioridades o restabelecimento das fronteiras, a expulsão de todas as 1.000 pessoas monitoradas por ligação com o terrorismo e a destituição da nacionalidade francesa aos que tem dupla nacionalidade.
A candidata de extrema direita também acusou Macron de ter o apoio da União das Organizações Islâmicas da França (UOIF na sigla em francês), um grupo que, segundo ela, defende pena de morte para homossexuais.
O representante social liberal negou a ligação com a UOIF e disse que vai “desmontar sem piedade” as associações extremistas islâmicas. Segundo ele, a chave para combater o terrorismo na França é reforçar os serviços de inteligência no país.
O debate dos candidatos ao segundo turno na França está acirrado desde o início. Os dois participantes se atacam, mutuamente e tentam acabar com a credibilidade um do outro. Marine relembrou a relação de Macron com o impopular presidente François Hollande, enquanto ele a chamou de “herdeira”, fazendo referência a seu pai, o fundador da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen.