O atual presidente da França, Emmanuel Macron, e a sua concorrente ao cargo, Marine Le Pen, votaram neste domingo, 24, no segundo turno das eleições presidenciais no país. O centrista Macron, favorito nas pesquisas, votou em Le Touquet, onde cumprimentou aliados e apoiadores, posando para fotos antes de depositar seu voto na urna. Antes, a representante da extrema direita já havia votado na cidade de Hénin-Beaumont, onde também foi recebida por apoiadores.
Os primeiros resultados da contagem de votos devem ser divulgados por volta das 15h, horário de Brasília, (20h na França), quando fecham os últimos postos de votação para os franceses, que, cinco anos após a última eleição presidencial disputada por Macron e Le Pen, voltam às urnas.
Nesse período, o governo de Macron, que venceu o segundo turno das eleições na França com 66% dos votos, em 2017, foi marcado por protestos sociais, a pandemia da Covid-19, que confinou milhões de pessoas durante os lockdowns, e a invasão da Ucrânia pela Rússia, que abalou a Europa.
Segundo as pesquisas, o centrista se mantém como favorito. A última, realizada a pedido do jornal Le Monde, mostra Macron tem 54% das intenções de voto, contra 44% de Le Pen. Outros levantamentos anteriores também trazem resultados parecidos, que variam de 53% a 57,5% dos votos para o atual presidente contra 42,5% a 47% para a representante da extrema direita.
A análise mais recente, feita pelo instituto Ipsos em parceria com o Centro de Pesquisas Políticas da Universidade Sciences Po, aponta que 39% dos eleitores que pretendem votar em Macron têm como principal motivação impedir que Le Pen vença. Outros 25% afirmam que concordam com suas ideias, e 36% dizem confiar no atual presidente. No caso de Le Pen, há maior identificação com suas propostas: 42% concordam com suas ideias, e 38% vão às urnas para impedir a reeleição de Macron.
Mesmo sendo apontado como um “presidente dos ricos” por parte dos franceses, as pesquisas mostram que a postura de Macron é vista pela maioria como digna de um chefe de Estado, capaz de tirar a França de crises e projetar uma imagem positiva do país no exterior, algo que, de acordo com as mesmas pesquisas, não é uma característica de Le Pen.