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Maduro ameaça prender quem ofender membros do chavismo nas ruas

Vídeo mostra diretora do Conselho Eleitoral da Venezuela sendo xingada enquanto fazia compras no supermercado

Por Da redação
Atualizado em 7 ago 2017, 15h48 - Publicado em 7 ago 2017, 09h39
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  • “Assassina, sem-vergonha, ladra, cúmplice!”. Estas foram as palavras, proferidas aos gritos, contra uma das diretoras do poder eleitoral venezuelano, alvo de ofensas em um supermercado de CaracasSocorro Hernández integra o grupo de cinco diretores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado pela oposição de servir ao governo e mais recentemente de articular uma fraude na eleição da Assembleia Nacional Constituinte.

    Vários vídeos divulgados no domingo nas redes sociais mostraram o encontro entre Hernández e clientes em um supermercado na capital venezuelana, que a cercaram quando ela fazia compras no local.

    “Vá embora”, gritava uma mulher, dirigindo-se a ela. “Não venda para ela, ela que vá para o Bicentenário”, uma rede de supermercados públicos, exclamava outra. As respostas de Hernández eram inaudíveis e ela tampouco reagiu no Twitter.

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    O ditador Nicolás Maduro, no entanto, anunciou ter dado instruções precisas para a busca e captura das pessoas envolvidas no incidente para que sejam processadas.

    No âmbito de uma lei contra a intolerância, o ódio e o fascismo, debatida na Constituinte, Maduro explicou que as pessoas que agredirem por sua loucura de ódio em território nacional devem ser capturadas, julgadas e punidas de forma imediata.

    “É a única forma de que a Justiça abra caminho porque as pessoas têm direito à sua vida social tranquila, em paz. Vamos consegui-lo através da Justiça, da consciência, do amor, mas quem não entender, [será] através do castigo severo das leis”, disse.

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    O assédio público a funcionários do chavismo tornou-se popular sobretudo no exterior, onde emigrantes venezuelanos os acusam de desfrutar de uma riqueza obtida de forma antiética, enquanto o país atravessa uma severa crise econômica e política.

    Nos últimos meses aumentou o número de “escrachos”, como são denominadas estas ofensas, todos gravados em vídeo como o de Hernández. Alguns grupos no Facebook divulgam, inclusive, os endereços de chavistas ou de seus familiares no exterior.

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