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Maduro antecipa Natal na Venezuela pelo segundo ano consecutivo

Medida acontece em meio a tensões entre o governo em Caracas e os Estados Unidos

Por Flávio Monteiro
9 set 2025, 11h12

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, adiantou a data do Natal para o dia 1º de outubro no país. A decisão foi divulgada na segunda-feira 8 por meio de seu programa semanal Con Maduro+, que vai ao ar na estatal VTV. Esse é o segundo ano consecutivo em que o ditador antecipa os festejos, que irão acontecer em meio à tensão crescente com os Estados Unidos.

“Vamos aplicar a fórmula de outros anos, que tem corrido muito bem para nós, para a economia, para a cultura, para a alegria, a felicidade, e vamos decretar a partir de 1º de outubro, (que) o Natal comece na Venezuela novamente”, disse o mandatário durante a transmissão.

De acordo com Maduro, a medida é positiva para a economia e a “felicidade” dos venezuelanos, e acompanha a distribuição de ajuda e cestas básicas para a população. Em 2024, muitos especialistas apontaram que a decisão foi uma tentativa de desviar a atenção das polêmicas em torno das eleições presidenciais, com acusações de fraudes e perseguição a opositores.

Na época, a decisão foi anunciada horas após Caracas emitir um mandado de prisão contra o candidato da oposição Edmundo González por crimes relacionados ao terrorismo. Segundo as atas de votação que se tornaram públicas, González foi o vencedor daquelas eleições presidenciais, que nunca foram legitimadas pelo regime.

Maduro já havia feito decretos anteriores adiantando os festejos. Em 2019, o Natal iniciou no dia 1º de novembro. Já em 2020, a data foi antecipada para 15 de outubro, enquanto no ano seguinte, 2021, começou no dia 4 do mesmo mês. As medidas foram repudiadas pela Igreja Católica, em um comunicado de 2019 onde declarou que “a maneira e o tempo da celebração pertencem à autoridade eclesiástica. Esta festa não deve ser usada para propaganda ou fins políticos”.

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Neste ano, o tema que causa tensão no país é ligado a questões internacionais: a relação entre Estados Unidos e Venezuela. Os laços diplomáticos entre Caracas e Washington nos últimos anos passam longe de ser amistosos, mas pioraram consideravelmente desde a posse do presidente Donald Trump.

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Assim que assumiu o cargo, em janeiro desse ano, Trump declarou alguns cartéis de drogas latino-americanos como organizações terroristas, e mais recentemente, acusou Maduro de liderar um deles — o Cartel dos Sóis — e colocou uma recompensa por sua cabeça: US$ 50 milhões por qualquer informação que leve a prisão do ditador.

Recentemente, os Estados Unidos estabeleceram navios de guerra nas proximidades da costa venezuelana, justificando que a presença é necessária para lutar contra o narcotráfico. Caracas, por sua vez, afirma que a medida orquestrada por Washington é o primeiro passo para uma possível invasão. A tensão já resultou nas primeiras mortes: em 2 de setembro, uma embarcação da marinha americana matou os 11 tripulantes de um barco venezuelano, acusados de estar transportando drogas.

O episódio foi negado pelo regime de Maduro, com o ministro das Comunicações do país, Freddy Ñáñez, afirmando que o vídeo foi criado com inteligência artificial. “Parece que Marco Rubio (secretário de Estado americano) continua mentindo para seu presidente: depois de levá-lo a um beco sem saída, agora lhe oferece um vídeo com IA como ‘prova’”, escreveu. No entanto, segundo informações do jornal espanhol El País, a portas fechadas, Caracas considerou o ato um gesto de hostilidade.

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