O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta segunda-feira, 16, quarentena em todo o país diante da pandemia do novo coronavírus, após a detecção de 16 novos casos no país, elevando o total a 33. Até o momento, não há registro de mortos.
“A Venezuela dá um passo à frente e declara quarentena total”, disse Maduro. “A partir de amanhã, terça-feira (…), a Venezuela inteira entra em quarentena social. Todo o país, os 23 estados e o distrito capital (Caracas), estão em quarentena social, quarentena coletiva, medida drástica necessária”, acrescentou o presidente em rede nacional de rádio e TV.
A medida, que entrará em vigor a partir das 5h local (6h de Brasília) desta terça-feira, prevê a suspensão do trabalho, exceto nas atividades ligadas à distribuição de alimentos, à segurança policial e militar, aos serviços de transporte e à saúde.
Nesta segunda-feira, a quarentena adotada na capital e em seis estados foi observada parcialmente, em torno de 85%, segundo o presidente. “Começamos com o pé direito”, disse Maduro em um dia de grande presença de policiais e militares nas ruas.
Ao fazer uma avaliação da pandemia no país, Maduro confirmou 16 novos casos, “todos importados”, e que do total de 33 infectados 18 são mulheres e 15, homens. A maioria dos infectados está na zona centro-norte, onde se situa Caracas e sua área metropolitana.
A quarentena geral se segue à suspensão das aulas em todos os níveis e à proibição da chegada à Venezuela de voos procedentes de Europa, Colômbia, República Dominicana e Panamá, assim como concentrações em locais públicos.
No mundo, já há 182 mil infectados, com mais de 7.100 mortes, segundo levantamento da AFP.