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Maduro canta ‘Despacito’ para atacar oposição venezuelana

Maduro oficializa candidatura às eleições presidenciais de abril em Caracas; opositor rompe com pacto anti-chavista e anuncia candidatura

Por Da redação
Atualizado em 15 mar 2018, 17h56 - Publicado em 28 fev 2018, 22h14
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  • O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cantou e dançou para promover sua candidatura às eleições de abril durante um evento na terça-feira. Em seu discurso, o líder chegou a usar o hit “Despacito” para atacar os seus adversários.

    “Todos com Maduro, lealdade e futuro” foi o refrão da música usada para a aparição do presidente no palco ao lado de sua mulher, Cilia Flores, diante da sede do Poder Eleitoral em Caracas,  enquanto uma multidão gritava e balançava bandeiras em apoio a sua candidatura.

    O momento “musical”, em que o presidente usou o ritmo da música “Despacito” para atacar seus oponentes, ocorreu durante seu discurso. “Que opção resta a eles? Eu vou lhes dizer ‘suavecito’. Como é a canção?”, disse, imitando parte da letra.

    Maduro atacou diretamente o líder opositor Henry Ramos Allup, ex-presidente do Parlamento. “Vou te dizer Ramos Allup. ‘Suavecito’, para que entre ‘despacito’ e entenda bem a ideia que descrevi”, cantou o presidente.“Despacito, vamos com tudo, 10 milhões de votos”, prosseguiu.

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    A oposição venezuelana decidiu não participar das eleições de 22 de abril como forma de protesto contra o sistema eleitoral fraudulento do país. Ramos Allup é um dos líderes que votou pela decisão.

    Oposição, pero no mucho

    Na terça-feira, contudo, o ex-militar e ex-chavista Henri Falcón desafiou a  política da coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) de não apresentar candidatos para isolar o atual presidente e apresentou formalmente sua candidatura. Ele rompeu com os governistas em 2010 e foi para a oposição.

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    Partido Socialista Unido (PSUV), que está no poder, além da recém-criada legenda Somos Venezuela, o Partido Comunista, a organização Pátria Para Todos (PPT), o Movimento Tupamaro e outras organizações políticas ligadas ao movimento chavista apoiam os planos de Maduro de continuar à frente do governo.

    Segundo o Instituto Venezuelano de Análise de Dados, Falcón possui 23,6% das intenções de voto, em comparação com 17,6% de Maduro. Mas a oposição está longe de ser um perigo real devido à máquina chavista e ao vasto controle institucional e social do governo, estimam os analistas.

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