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Maduro desafia EUA: Constituinte acontecerá mesmo com sanções

O presidente americano assegurou que "tomará rápidas e fortes medidas econômicas"

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h52 - Publicado em 18 jul 2017, 22h02
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  • O governo da Venezuela advertiu os Estados Unidos que avançará com a eleição da Assembleia Constituinte, apesar da ameaça de sanções econômicas como parte de uma crescente pressão internacional que busca obrigar o presidente Nicolás Maduro a retirar o projeto. “Nada nem ninguém poderá detê-la, a Constituinte acontecerá. Hoje o povo venezuelano é livre e responderá unido à insolente ameaça planejada por um império xenófobo e racista”, afirmou o chanceler venezuelano, Samuel Moncada, em uma declaração pública.

    O presidente americano, Donald Trump, assegurou nesta segunda-feira que “tomará rápidas e fortes medidas econômicas” se Maduro persistir em realizar, no dia 30 de julho, a eleição da Constituinte, que a oposição considera uma “fraude” do chavismo para se perpetuar no poder e fazer da Venezuela “outra Cuba“. “Os Estados Unidos não ficarão passivos enquanto a Venezuela desmorona”, afirmou Trump em nota oficial, sem detalhar o alcance das medidas.

    Segundo o presidente americano, apesar de 7,6 milhões de venezuelanos terem votado contra a Constituinte no domingo em um plebiscito simbólico organizado pela oposição, essas ações são “ignoradas por um mau líder que sonha se tornar um ditador”.

    O país petroleiro, que vive uma profunda crise econômica pela queda dos preços do petróleo, exporta para os Estados Unidos cerca de 800.000 barris diários (bpd), de uma produção relatada pela estatal PDVSA de 1.972.000 bpd.

    Além da escassez de alimentos e medicamentos e de uma descontrolada inflação, a Venezuela vive há quase quatro meses protestos que deixaram 96 mortos, com os quais a oposição rejeita a Constituinte e exige a saída de Maduro do poder.

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    Cerco internacional

    O cerco internacional se estende. Além dos Estados Unidos, a União Europeia (UE), o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, e os governos de Espanha, Alemanha, Canadá, Brasil, Argentina, México, Colômbia, Peru e Panamá pediram a Maduro que retirasse o projeto.  A França pediu, na segunda-feira, “diálogo sincero” para resolver a crise, enquanto uma centena de legisladores da Colômbia e do Chile denunciaram Maduro à procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia por violação de direitos humanos.

    A Venezuela declarou ‘persona non grata’ os ex-presidentes Vicente Fox (México), Jorge Quiroga (Bolívia), Andrés Pastrana (Colômbia), Laura Chinchilla e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), observadores do plebiscito e que defenderam uma maior pressão internacional para deter a Constituinte. Em um áudio distribuído à imprensa, o chanceler da Costa Rica, Manuel González, defendeu os ex-presidentes mencionados e qualificou a declaração do governo venezuelano de “censurável”.  Segundo González, a declaração reflete uma atitude comum de Caracas, “que tem um desprezo por aquelas pessoas que pensam diferente, que lutam por uma solução pacífica para o retorno da democracia na Venezuela”. De volta ao país, o ex-presidente Rodríguez disse ao jornal local La Nación que não há “honra maior para um costarriquenho que ser ‘persona non grata’ para uma ditadura”.

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    Por outra parte, o presidente da Bolívia, Evo Morales, aliado de Maduro, considerou como uma “conspiração econômica” a advertência de Trump.

     

    (com AFP)

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